Um ciclone raro no Atlântico Sul, com trajetória retrógrada e características tropicais, está se formando e deve se deslocar em direção à costa do Sul do Brasil nos próximos dias, conforme previsão da MetSul Meteorologia.
Essa ocorrência é considerada bastante incomum, uma vez que a maioria dos ciclones que afetam a região são extratropicais.
Normalmente, os ciclones extratropicais são responsáveis pelo ingresso de massas de ar frio no território brasileiro, atuando com as frentes frias.
No entanto, existem também os ciclones subtropicais e tropicais, considerados anômalos, que possuem características diferentes e são menos frequentes na região.
No caso deste ciclone em formação, a previsão é que ele inicialmente seja subtropical e posteriormente adquira características tropicais.
Isso significa que seu centro de baixa pressão será integralmente quente, o que o classificaria como uma tempestade tropical, com ventos sustentados de 63 km/h a 118 km/h.
A trajetória prevista para o ciclone é de avançar da costa do Sudeste para o litoral do Sul do Brasil, em uma direção Sul-Sudoeste, o que é considerado atípico.
Geralmente, os ciclones do Atlântico Sul se movem de Oeste para Leste, afastando-se do continente.
Embora a maioria dos modelos de previsão do tempo indique que o ciclone não deve tocar terra e permanecer sobre o oceano, há variações nas projeções, e é importante monitorar sua evolução.
A complexidade desse tipo de sistema meteorológico exige atenção, especialmente nas regiões costeiras de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, segundo a MetSul.
O cenário sinótico para este ciclone apresenta semelhanças com o ambiente que levou ao furacão Catarina em 2004, mas isso não significa que ocorrerá um evento semelhante.
É fundamental acompanhar as atualizações da previsão do tempo e seguir as orientações dos órgãos meteorológicos.
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