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Educação

Cidreira: audiência pública trata da UERGS

Na noite desta terça-feira (13), o deputado Miki Breier (PSB), integrante da Subcomissão em Defesa da UERGS, presidiu a audiência pública que tratou dos problemas da universidade no município de Cidreira. Entre os problemas apontados nas unidades da UERGS pelo assessor da Comissão de Educação da Assembléia, Darsolei Volpatto, estão a não realização de vestibulares e a não nomeação de professores concursados. Esta foi a 12ª Audiência Pública da Subcomissão para discutir o tema nos municípios onde há unidades da universidade. O principal objetivo dos debates é impedir o desmonte da UERGS.

Em sua fala, o vice-prefeito de Cidreira Manoel Ponciano, o Nequinho, (PSB), enfatizou que o prédio onde funciona a UERGS atualmente foi reformado e cedido pela prefeitura para que a universidade não fosse embora do município. Segundo o prefeito Beto Pires, Cidreira sempre demonstrou empenho para manter a universidade no município. “Investimos mais de R$ 140 mil na universidade que não é apenas de Cidreira e sim do litoral gaúcho. Esta não é a nossa obrigação, mas continuaremos investindo no ensino universitário, sem descuidar do ensino fundamental e médio que são de nossa competência”, destacou. O chefe do Executivo Municipal reclamou que mesmo com o investimento, não obteve contrapartida do Governo do Estado. “Educação não tem partido, nem ideologia. Ela é a base para mudar esse país”.

O deputado Miki Breier lembrou que a UERGS é uma luta antiga dos gaúchos, encabeçada pelo deputado federal Beto Albuquerque (PSB), com a lógica de atender municípios em que não há acesso à universidade pública e disponibilizar cursos importantes para cada região. “A educação não pode ser prioridade apenas em época de campanha. Se a universidade foi construída pelo Estado, é ele quem deve mantê-la”, justificou. O parlamentar parabenizou o governo municipal pelos investimentos na universidade e afirmou que “o ensino superior gratuito e de qualidade é importante para que o Estado saia da situação em que se encontra”.

Miki ressaltou que a universidade precisa de independência e autonomia, não podendo ficar à mercê dos governos. Segundo ele, para que isso aconteça são necessárias eleições diretas para a reitoria, um quadro de funcionários concursados e orçamento próprio. O deputado enfatizou, ainda, a importância da mobilização da comunidade local para que a UERGS sobreviva.

No final da audiência pública, foi criado um comitê local formado por alunos e representantes de diversas entidades presentes. Os coordenadores desses grupos participarão de um Encontro de Comitês na Assembléia Legislativa, no dia 02 de junho, para planejar ações em defesa da UERGS.

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