Comissão vai negociar adequação da Venezuela às regras do Mercosul
Pelo decreto de criação da Comissão Especial Presidencial da Venezuela no Mercosul, o objetivo é “ajustar os pontos fortes do país a fim de consolidar uma estrutura de integração econômica, produção e comércio da nossa América.” A Venezuela tem até quatro anos para se adequar às regras do bloco.
A ministra do Comércio da Venezuela, Edmée Betancourt, disse que a prioridade é agilizar as mudanças necessárias para a execução do calendário referente às regras do Mercosul. Em discussão, as políticas de liberalização do comércio e fortalecimento dos mecanismos de produção.
Os líderes políticos do Mercosul disseram que todos se empenharão para que a Venezuela consiga adotar a nomenclatura do bloco até dezembro de 2012. A nomenclatura é a adequação dos produtos comercializados com os códigos adotados no bloco.
Pelo planejamento inicial, a prioridade é incluir na lista de produtos comercializados entre a Venezuela e os demais integrantes do bloco as mercadorias cujas taxas estão próximas às cobradas pelo Mercosul – que variam de 10% a 12,5%. Na Venezuela, a média cobrada é 12%. A ideia é incorporar os produtos venezuelanos, mas com tolerância de variação de 2%.
O livre comércio na região, denominado liberalização, deve ser adotado após a conclusão do processo de regularização da nomenclatura. A previsão é que ocorra a partir de janeiro de 2013. Porém, pelo Protocolo de Adesão da Venezuela ao Mercosul o prazo final é de quatro anos. O esforço será para antecipar o prazo.
Emée Betancourt disse que a nomenclatura do Mercosul envolve 10.032 códigos de tarifas. No caso da Venezuela, segundo ela, a adequação, devido aos produtos contidos na relação da Comunidade Andina de Nações, é de 6.850 códigos tarifários. Paralelamente, está sendo negociado um programa de liberalização comercial com o Brasil, segundo a ministra.