Vida & Saúde

Comissões debatem situação da Gripe A no RS

Integrantes das comissões de Saúde e do Mercosul da Assembleia Legislativa debateram nesta quarta-feira (1º) a situação da gripe A (H1N1) no Rio Grande do Sul.

O secretário estadual da Saúde Osmar Terra afirmou que o perfil do vírus influenza A não é o mesmo da gripe aviária e é menos letal que a gripe sazonal (comum). 

“A gripe comum tem muito mais complicações do que a gripe A “, disse Terra. Também participaram da reunião o prefeito de São Gabriel, Rosano Gonçalves; o diretor- técnico do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), Ivo Leuck Júnior; a representante do Centro Estadual de Vigilância, Alethéa Sperb; o secretário municipal de Saúde de São Gabriel, Paulo Forgiarini; e demais representantes do setor.

Gripe A no RS

Segundo Osmar Terra, no estado existem 85 casos confirmados. Desses, um paciente está hospitalizado e outro faleceu . “A gripe A em pouco tempo se transformará em uma epidemia no país, mas com o controle que estamos fazendo será uma epidemia com menores riscos para a população”, garantiu o secretário. Ele explicou que essa nova enfermidade apresenta uma contaminação maior, porque o vírus é novo e as pessoas ainda não desenvolveram anticorpos contra ele. 

O secretário afirmou que as providências continuaram sendo o isolamento de cada caso novo e dos contatos do paciente suspeito, mantendo o máximo possível a contenção da doença. ” Quando não for mais possível segurar o vírus, devemos considerar como uma epidemia parecida com a da gripe comum. A maioria das pessoas não vão precisar ir para o hospital, podendo ser tratadas em casa. Devemos encarar com normalidade”, tranquilizou.

Terra frisou ainda que está sendo negociado a descentralização dos exames laboratoriais, que atualmente são feitos no Rio de Janeiro. “Estamos negociando para que os testes que confirmam a presença ou não do vírus sejam feitos pelo Laboratório Central do Estado Lacen-RS, agilizando dessa forma os resultados dos exames”, comentou. 

Além disso, o secretário afirmou que todos os hospitais do estado devem atender os pacientes suspeitos de gripe A, assim como os postos municipais de saúde deverão ficar abertos até às 22h para atendimento e coleta de exames.   

O diretor técnico do GHC, Ivo Leuck Júnior, afirmou que a instituição foi a primeira como referência para tratar da gripe A, devido ao fato de que no início acreditava-se tratar de uma enfermidade com alto risco de morte.

“Hoje temos a compreensão de que não é uma gripe grave e é menos letal que a sazonal”, reiterou. Conforme ele, com o aumento dos casos não é possível centralizar o atendimento em um hospital, por isso a necessidade de descentralizar os atendimentos. ” Hoje, por exemplo, todas as instituições hospitalares de Porto Alegre têm condições de prestarem o devido tratamento”, declarou Leuck Júnior.

A representante do Centro Estadual de Vigilância, Alethéa Sperb, destacou ainda que as informações sobre casos da doença ajudam também na vigilância sanitária.

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