Considerem-se, todos, “intimados”

“Dizem que ofendo as pessoas. É um erro. Trato as pessoas como adultas. Critico-as. É tão incomum isso na nossa imprensa que as pessoas acham que é ofensa. Crítica não é raiva. É crítica. Às vezes é estúpida. O leitor que julgue. Acho que quem ofende os outros é o jornalismo em cima do muro, que não quer contestar coisa alguma. Meu tom às vezes é sarcástico. Pode ser desagradável. Mas é, insisto, uma forma de respeito, ou, até, se quiserem, a irritação do amante rejeitado”. Paulo Francis

No dia 27 de agosto de 2007 – portanto a poucos dias de se completarem cinco anos desde aquela data –, o jovem e dinâmico idealizador do Litoralmania, Rogério Bernardes, presenteou-me (sem o saber e com um dia de antecipação) pelo meu aniversário, acolhendo nestas páginas eletrônicas a Coluna Notas Dissonantes, onde dei asas às minhas pretensões de me tornar um escrevinhador.

De lá para cá, foram 305 crônicas que abordaram desde os temas mais intimistas que invadem a alma dos poetas e sonhadores, até a frustração, o desencanto, o desalento e o pesadelo tornando-se a execrável realidade de cada novo dia de presenciar este País, tão abençoado em sua Natureza, ser esbulhado, vilipendiado, estuprado pelos abutres da fraude, da corrupção, da lavagem de dinheiro, da rapinagem e do roubo contra o patrimônio público nacional com as bênçãos do “estadista” honoris causa, que jura, com os nove dedos erguidos aos céus de que nunca soubera de nada. Os Partidos – como instituições políticas – hão de ser maiores que a banda podre que tenta lhes corroer as entranhas, ah, isso sim!

Daquela data para cá, ousei aventurar-me no universo mágico da literatura, lançando (no dia 28 de agosto de 2008) a novela Mar da Serenidade, com sessão de autógrafos no Pub Museu dos Esportes, e na Feira do Livro, ambos em Porto Alegre. Seguiram-se as Feiras de Osório, Capão da Canoa, Santa Cruz do Sul e Caxias do Sul.
Está previsto, para setembro/outubro, o lançamento da novela infanto-juvenil Uma Casa Chamada Nazareth.

Nos 305 artigos, escritos nestes cinco anos, recebi toda a variação de críticas: elogiosas, concordantes, discordantes (em sua maioria de forma polida, educada e fundamentada) e, é claro, as raivosas e ofensivas.

Todas, sem exceção, serviram para a maturação de uma nova aventura: a edição de uma coletânea de crônicas e alguns contos revistos e reescritos que geraram O Corpo de Gioconda.

No dia 28 de agosto próximo (sim, na data de meu aniversário), o coquetel e autógrafos ocorrerão na Livraria Cultura – Shopping Bourbon Country –, Porto Alegre, a partir das 18h30min.

Sentir-me-ei por demais honrados em trocar abraços com cada leitor que, neste percurso todo, no Litoralmania, emitindo ou não o seu comentário, prestigiou Notas Dissonantes. Então, faremos um brinde à vida. E “Gioconda”, ao ser levada sob os braços dos que se fizerem presentes, há de sorrir, vaidosa em sua alva e etérea beleza.

Comentários

Comentários