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Crise aérea não afeta aprovação de Lula, diz Datafolha

O acidente com o avião TAM, que matou 199 pessoas e agravou a crise aérea nos aeroportos do país, não afetou a aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mostra pesquisa do Datafolha divulgada neste domingo (5) pelo jornal “Folha de S. Paulo”.

Segundo o Datafolha, 48% dos entrevistados consideram o governo Lula ótimo/bom, mesmo percentual do levantamento anterior, em março deste ano. Já 36% (37%, em março) afirmam que o governo é regular e 15% (14%, em março) dizem ser ruim/péssimo.

No entanto, entre os 8% que costumam andar de avião, o levantamento mostra que o número dos brasileiros que considera o governo Lula ótimo/bom cai para 29%, enquanto o percentual dos que apontam como ruim/péssimo sobe para 30%, dobro da média nacional.

De acordo com o Datafolha, Lula tem a melhor avaliação entre os que ganham até cinco salários mínimos, faixa que reúne a maioria da população brasileira. Nesse grupo, 52% consideram o governo ótimo/bom, e 35%, regular. Já os que definem o governo como ruim/péssimo são 12%.

Mais ricos

A pior avaliação de Lula é entre os mais ricos, que ganham mais de dez salários mínimos. Nessa faixa, 32% dos entrevistados dizem que o governo é ótimo/bom, contra 32% que consideram ruim/péssimo. Já 36% avaliam como regular.

O governo Lula também tem avaliação superior a 50% entre os brasileiros com menor escolaridade. Entre os que têm ensino fundamental, 55% dos entrevistados apontam o governo como ótimo/bom, e 32%, como regular. Apenas 11% consideram ruim/péssimo.

Entre os entrevistados que têm ensino superior, avaliação positiva (ótimo/bom) cai para 36%, contra 34% que consideram regular e 29% que definem o governo como ruim/péssimo. Entre os que têm ensino médio, a avaliação é de 43% (ótimo/bom), 41% (regular) e 16% (ruim/péssimo).

A pesquisa do Datafolha foi realizada entre os dias 1º e 2 de agosto, duas semanas após o acidente com o avião da TAM no Aeroporto de Congonhas. O instituto entrevistou 2.095 pessoas em 211 municípios em todas as regiões do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

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