Cuba defende direito de asilo a ex-agente norte-americano
“Respaldamos o direito soberano da Venezuela e de todos los estados de região de conceder asilo ao perseguido por seus ideais ou lutas contra os direitos democráticos, segundo nossa tradição”, disse Castro. É a primeira manifestação pública de Castro sobre o tema. O norte-americano pediu asilo político a 21 países. Até o momento, Bolívia, Venezuela e Nicarágua se ofereceram para recebê-lo.
Segundo o presidente cubano, as revelações de Snowden permitiram confirmar a existência de um sistema de “espionagem global dos Estados Unidos, que violam a soberania das nações, inclusive de seus aliados e os direitos humanos”. “Cuba, que historicamente é um dos países mais agredidos e também espionados do planeta, já conhecia a existência desses esquemas”, disse.
Ontem (7) o governo do Brasil pediu explicações aos Estados Unidos sobre as informações referentes à espionagem das comunicações de cidadãos brasileiros pela Agência Nacional de Segurança daquele país (NSA, na sigla em inglês).
O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse que foram pedidos esclarecimentos aos Estados Unidos por intermédio da Embaixada do Brasil em Washington e também ao embaixador dos Estados Unidos no Brasil. O chanceler ressaltou que recebeu com “grave preocupação” a notícia de que contatos eletrônicos e telefônicos de seus cidadãos estariam sendo monitorados.
Patriota disse que o governo brasileiro lançará iniciativas na Organização das Nações Unidas (ONU) pelo estabelecimento de normas claras de comportamento para os países quanto à privacidade das comunicações dos cidadãos e a preservação da soberania dos demais Estados. O Itamaraty pretende ainda pedir à União Internacional de Telecomunicações (UIT), em Genebra, na Suíça, o aperfeiçoamento de regras multilaterais sobre segurança das telecomunicações.
O escândalo sobre o monitoramento das comunicações privadas de cidadãos e empresas de dentro e de fora do país pelo governo dos Estados Unidos veio à tona após Snowden revelar a prática. Os dados eram vigiados por meio do Prism, programa de vigilância eletrônica altamente secreto mantido pela NSA.