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Da Série Paradoxos do Brasil – A Saúde

Temos a consciência, de que saúde pública é uma obrigação do Estado. Mas, todos nós temos a certeza, absoluta, de que no Brasil a saúde pública é uma vergonha. Sabemos que o Estado Brasileiro gasta milhões com telefone celular, passagens aéreas, ajuda moradia, verbas indenizatórias e outras despesas de  deputados, senadores e outros políticos corruptos, enquanto a juventude, a maturidade e a velhice nacional, morrem nas filas a espera de uma consulta.

E,quando  esta consulta é conseguida, ainda em vida, a nação paciente morre a espera do exame e do remédio que, se fossem ministrados a tempo,curaria a doença que  a destrói.

E este quadro nacional tem seu contrapiso e suas fundações construídos nos municípios brasileiros que são a célula administrativa original de nosso país.

E assim que vemos em todos os municípios do Brasil filas enormes  que se arrastam, lentamente. No coração e na mente de cada um dos elementos que a formam, existe a esperança de chegar a um guichê  e conseguir uma ficha que lhe permita consultar  um médico e obter um diagnóstico para suas dores.

E este quadro se arrasta por anos. Há anos que o problema existe e passa governo e entra governo, nos municípios, nos estados e na república e o problema se avoluma  a cada ano.

Potencializa-se cada vez mais em decorrência da burocracia nacional. Os postos de atendimento, em todo o Brasil, contam com funcionários burocratas e descompromissados que tem a convicção de que estão prestando um favor ao brasileiro que busca os serviços que eles deveriam prestar, por dever e por honestidade.

Esta situação permitiu o aparecimento das empresas  de saúde particular que, enriquecem a custa de altas contribuições de seus participantes e em decorrência do descaso, da irresponsabilidade, da falta de vergonha dos governos municipais, estaduais e federais desta Republica Paradoxal do  Brasil.

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