De anão diplomático a rato emissário
Pois bem, esse silêncio foi rompido nesta terça-feira, 23 de setembro, pelo mais nauseabundo discurso jamais proferido por um Chefe de Estado brasileiro em uma Assembleia Geral da ONU.
Dilma condenou os ataques aéreos –que contam com o apoio de cinquenta países – ao grupo terrorista Isis e defendeu o diálogo entre as partes, como se o Estado Islâmico pudesse ser considerado um Estado legítimo e fosse apto a negociar, em pé de igualdade, com os Estados Unidos ou com a União Europeia. Este fato, provavelmente, faz com que o Brasil seja o primeiro país do mundo a reconhecer o Califado do Estado Islâmico como lídimo e regular.
Honestamente: – teria enorme curiosidade em saber como se sairia a presidente Dilma, esse portento da política externa mundial, em uma negociação de paz,” tête à tête” com esses facínoras. Provavelmente não retornaria ao Palácio da Alvorada com a cabeça unida ao pescoço.
A lista de despautérios e pachouchadas que a política externa sob gestão do governo petista nos proporcionou nestes doze anos é vastíssima, mas a delinquência intelectual e moral a qual fomos submetidos nesta terça-feira não conhece limiares.
Definitivamente o Brasil mostrou não ter estatura para ocupar um lugar permanente no Conselho de Segurança de ONU, igualando-se a países como a Coréia do Norte, Cuba e Irã.
A política externa da era petista sempre se alinhou ao que há de mais anacrônico no mundo. Lula sempre esteve de braços dados com todos os ditadores que encontrou pela frente. À época, negou-se a censurar na ONU o ditador do Sudão, Omar al-Bashir, que responde pelo assassinato de 400 mil cristãos. A política externa petista também endossou eleições adulteradas na Venezuela, deu suporte ao tirano Hugo Chávez e ignorou o assassinato de opositores nas ruas, sob o comando do azoretado Nicolás Maduro.
Porém, o maior gravame desta ignomínia é que a presidente Dilma, quando profere suas sandices na tribuna da ONU, está falando por você e por mim. Ela representa a posição da nação brasileira, que, segundo ela, repudia os ataques àqueles que degolam, crucificam, enterram e torturam em nome da intolerância religiosa.
É torpe, sórdido e repulsivo.