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Policial

Dentista foi morta a golpes de facão em Itati

A Polícia Civil está a procura de quem matou a golpes de facão a dentista Márcia Nascimento Gomes, 32 anos, na segunda-feira. A vítima que morava em Torres, e seguia viagem de carro para Gramado, na Serra, foi encontrada despida e amarrada a uma árvore em um barranco próximo ao primeiro túnel da Rota do Sol (RS-486), em Itati, a 35 quilômetros do entroncamento com a BR-101.

Para chegar à autoria do crime, os policiais tentam descobrir se o assassino aproveitou uma distração da dentista, que parou o veículo na beira da estrada, para atacá-la, ou se ele forjou um pedido de socorro, que levou a vítima a descer do veículo.

A suspeita é de que a vítima tenha sido vítima de um crime sexual. Ontem, a hipótese de crime passional foi praticamente descartada pelo delegado Roland Short, titular da Delegacia da Polícia Civil de Capão da Canoa e responsável também pelo atendimento ao município de Itati.

Como não há marcas bruscas de freagem no asfalto, o veículo estava bem-estacionado — apesar do trecho não ter acostamento — e o pisca-alerta estava ligado, a polícia desconfia de que a dentista possa ter parado voluntariamente o automóvel.

Márcia só tinha percorrido cerca de 55 dos mais de 190 quilômetros que separam Torres de Gramado — onde trabalharia às 13h30min em um consultório da prefeitura.

A hipótese de que o criminoso poderia estar de carona no carro também foi posta de lado pelo delegado. Depois de percorrer a vizinhança, ouvir moradores e pessoas em postos de combustíveis e lancherias na região ontem, os policiais descobriram que o veículo da vítima foi visto parado no local, pela primeira vez, por volta do meio-dia de segunda-feira. O corpo, no entanto, só foi encontrado às 19h50min do mesmo dia.

Testemunhas também relataram à polícia que um caminhão foi visto pouco antes grudado na traseira de um Fox com as mesmas características do carro da vítima. A polícia agora tenta identificar o caminhão e quem estava no volante, para descobrir se há alguma relação com o crime.

Ontem, uma papiloscopista tentava coletar impressões digitais do Fox e do celular de Márcia que possam identificar um futuro suspeito. No telefone, a última ligação completada foi feita por ela, às 11h19min, para uma amiga. Segundo o delegado, neste momento, ela ainda estava bem.

As informações são de Zero Hora.

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