Dentre tantas, as razões de viver
No programa da última terça, levantei a discussão sobre o casamento temático acontecido na paróquia de Garibaldi. Os noivos apresentaram-se em trajes medievais, ele representando o príncipe Sherek e ela a princesa Fiona, personagens da animação que vem conquistando o coração das crianças e adolescentes. Os padrinhos e grande parte dos convidados entraram no clima da inusitada celebração.
Já a postura nada cristã do arcebispo da Diocese de Caxias do Sul, Dom Paulo Moretto, fora o contraponto. Esquecera-se o clérigo, por orgulho e arrogância, da passagem do Evangelho que sintoniza com as circunstâncias: “Então chegaram a ele uns escribas e fariseus de Jerusalém, dizendo: Por que violam os teus discípulos a tradição dos antigos? Pois não lavam as mãos quando comem o pão. E ele, respondendo, lhes disse: E vós também, por que transgredis o mandamento de Deus, pela vossa tradição?…… E chamando a si as turbas, lhes disse: Ouvi e entendei. Não é o que entra pela boca o que faz imundo o homem, mas o que sai da boca, isso é o que faz imundo o homem. (Mateus, XV)”. E, como sempre, assuntos não faltaram.
Por esta razão, somente hoje, quarta-feira, segui para Porto Alegre, onde devo permanecer até sexta-feira. Pretendo assistir, logo mais, à apresentação, de Ozzy Osbourne – meio que prêmio de consolação, ante a impossibilidade de me deslocar até La Plata (Argentina) e delirar com a banda irlandesa U-2.
A apresentação do Abba Live, no teatro do Sesi, também me seduz. Brincando, brincando, só de ingressos seria um total de R$ 340,00, isso sem contar os lançamentos literários que sempre trago e Titanic: A Exposição – Os Objetos Reais, Histórias Reais –, no Barra Shopping Sul, ao preço de museu europeu: R$ 80,00. Porto Alegre, de quando em vez, prega essas peças. Por essa e outras razões a minha cidade me inebria e seduz; e a orla e o oceano me abrandam o espírito.