Deputado quer uma solução harmônica para surfistas, banhistas e pescadores
Juntamente com Nélson Gruber, diretor do Centro de Estudos de Geologia Costeira e Oceânica da UFRGS (CECO), Borges foi até Imbé para debater e buscar informações para solucionar o impasse entre pescadores e surfistas no estado.
No último sábado, o surfista Lucas Boeira, 22 anos, foi a 48ª vítima fatal das redes de pesca instaladas aleatoriamente no Litoral Norte gaúcho. “A legislação não é respeitada e não é suficiente. Por exemplo: as demarcações de áreas de surfe e de pesca com redes devem ser feitas com placas visíveis, com dizeres claros, afixadas nas áreas de circulação junto às praias, o que hoje não existe no nosso litoral”, evidencia Borges.
O deputado lembra que esse impasse pode gerar um revés econômico para o Litoral nas baixas estações, pois os principais frequentadores do local são os surfistas e “fatos como esse trazem a desconfiança e o medo aos esportistas”.
Grüber, pesquisador e geólogo do CECO-UFRGS, têm um estudo técnico sobre o assunto e diz que é simples solucionar esse impasse atual, basta vontade política: “Temos um estudo completo e esclarecedor sobre esse tema”, diz o geólogo. O geólogo é integrante do Fórum Ambiental, criado por Paulo Borges, que debate em diversos municípios e regiões do estado os impactos do aquecimento global e suas consequências.
Na visita, Borges foi recebido pela Associação dos Surfistas de Imbé e Balneários, onde ouviu as reivindicações dos praticantes do esporte. O parlamentar foi a orla do balneário para observar as indicações e sinalizações atuais, discutir, juntamente com surfistas e pescadores, as modificações que devem ser feitas e como aprimorar o que já está em posto em prática. Após esses encontros, o democrata levará ao Parlamento possíveis modificações na legislação e propostas de campanhas de conscientização na mídia, para esclarecer a sociedade sobre a gravidade do problema.
Alguns pontos para criar um “cenário favorável” e uma harmonia entre banhistas, surfistas e pescadores:
GESTÃO COMPARTILHADA DE ORDENAMENTO E RESPONSABILDADES DA ORLA PELOS MUNICÍPIOS;
DEMARCAÇÃO DE ÁREAS DE PESCA, SURF E ÁREA DE AMORTECIMENTO, POR CRITÉRIOS TÉCNICOS DE SEGURANÇA COM BASE NO PADRÃO DE VELOCIDADE DE CORRENTES;
SINALIZAÇÃO CLARA e VISÍVEL & EDUCAÇÃO AMBIENTAL;
DEMARCAÇÃO DE ÁREAS DE PESCA, SURF E ÁREA DE AMORTECIMENTO, POR CRITÉRIOS DE APTIDÃO DOS MUNICÍPIOS;
AÇÕES DE FISCALIZAÇÃO CONTRA A PESCA PREDATÓRIA E CLANDESTINA- NA ORLA E NO MAR;
PROJETOS EDUCACIONAIS PARA JOVENS SURFISTAS.