Dia Internacional da Mulher – “ONU: Igualdade de gênero por um mundo sustentável”*

Se os gêneros são iguais, que sentido há num dia da mulher?

Dia Internacional da Mulher – “ONU: Igualdade de gênero por um mundo sustentável”*Um programa de subordinação do cidadão livre ao comando de uma liderança totalitária Estatal, bem faz em tentar substituir o sentimento de pertencia familiar por um sentimento de pertencia ao Estado.

O indivíduo sem laços de lealdade familiar fica à mercê da necessidade de ser acolhido pela massa irracional, irreflexiva, dominada pelo Estado, o Partido Único, o Grande Líder ou o Grande “Irmão”. Ou ficará exposto à sua irrelevância social e privação emocional.

Para os Marxistas, o programa de destruição das lealdades familiares exige a destruição da família, dos princípios morais, culturais e religiosos que a justificam; jogar mulheres contra homens, crianças contra pais; destruir as representações sociais em torno das hierarquias e papéis familiares e sociais, a noção do que é uma mãe ideal, de um pai ideal, de uma mulher ideal, de um homem ideal.

Para os Marxistas, portanto, mães não devem mais ter um papel especial na criação dos filhos, nos cuidados com a família. Os pais, do mesmo modo, não devem ser considerado com um especial papel na manutenção da família, de autoridade familiar na família ou a partir da família.

Para os Marxistas, estes papéis devem ser substituídos pelo Estado, que passa a ser o único autorizado a administrar corretivos morais e físicos, propor e impor regras, mediadas por promotores e juízes, limitando-se às legalmente previstas – e não às intrínsecas à cultura.

Para os Marxistas, a cultura deixa de ser o fundamento das leis, a lei deixa de emanar do pensamento social. Ao contrário, deve ser imposta à sociedade, de acordo com a mentalidade e a ideologia do líder do Partido que controla o Estado.

Para os Marxistas, uma vez tendo tomado o poder, encerra-se a dialética entre sociedade e Estado, supostamente porque haveria uma identidade total entre o Estado e o “pensamento popular” – leia-se, a opinião do dono do Partido.

Para os Marxistas, o Estado deve-se impor à sociedade, promover “revolução cultural”, e a cultura deve passar passar a ser um instrumento do Estado, e não um processo continuado de expressão, reflexão, criação e recriação contínua de um povo livre por e para si mesmo. Não.

Para os Marxistas, o Estado deve reinar absoluta e totalitariamente sobre as pessoas, a sociedade e, se ainda houver, as famílias, por meios tão violentos quanto se façam necessários.

Neste contexto, o Dia Internacional da Mulher é resíduo de um tempo em que se homenageava a Companheira Mulher que, ao lado do Companheiro Homem, lutava e morria pelo respeito ao trabalho, salário digno, direito de organização sindical e greve, e manifestação política enquanto classe.

“Em 8 de março de 1917, ainda na Rússia Imperial, organizou-se uma grande passeata de mulheres, em protesto contra a carestia, o desemprego e a deterioração geral das condições de vida no país.

Operários metalúrgicos acabaram se juntando à manifestação, que se estendeu por dias e acabou por precipitar a Revolução de 1917.

Nos anos seguintes, o Dia das Mulheres passou a ser comemorado naquela mesma data, pelo movimento socialista, na Rússia e em
países do bloco soviético.”¹

Hoje, ao que parece, os Marxistas da ONU e da Nova Esquerda² não querem mais saber de direitos e dignidade do trabalho e do trabalhador, e do papel das mulheres nesta luta.

O novo interesse dos Marxistas é a “Igualdade de Gêneros”. A campanha da ONU é “Igualdade de Gênero por um amanhã (ecologicamente) sustentável”³, decretando o esvaziamento das representações ligadas ao papel da Mulher (e do Homem) no Trabalho, na Família, na

Comunidade, na Cultura e na Política.

Esta mentalidade repercute no mundo dos esportes, onde homens biológicos “convertidos” em mulheres “sociais”, humilham a fragilidade feminina de modo institucionalmente aceito e legítimo.

Nunca foi tão importante um verdadeiro Dia Internacional da Mulher, num momento em que se encontra ameaçado de extinção o próprio instituto da feminilidade e da maternidade.

¹ Temma Kaplan (1985): On the socialista origins of International Women ?s Day, apud Wikipedia: Dia Internacional da Mulher, 07/03/20220.

² Nicolás Márquez e Agustín Laje (2018): O Livro Negro da Nova Esquerda, Editora Danúbio.

³ http://www.onumulheres.org.br/noticias/dia-internacional-da-mulher-2022-igualdade-de-genero-hoje-para-um-amanha-sustentavel/

* Dr. Sander Fridman é Doutor em Psiquiatria pela UFRJ. Atende psiquiatria, neuropsiquiatria, psiquiatria do emagrecimento e da sexualidade, psicanálise cognitivista e psiquiatra forense.

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