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Diretora da OIT alerta para desemprego entre jovens

Apesar de ter uma situação melhor do que países europeus – que enfrentam o aumento do desemprego, sobretudo entre jovens, por causa da crise econômica, – o Brasil ainda tem de avançar no que se refere à oferta de oportunidades de trabalho para a juventude. A avaliação é da diretora do Escritório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil, Lais Abramo, que participa do Fórum Nacional Trabalho Decente para os Jovens.

O evento, que vai até amanhã (4), é uma iniciativa da OIT, da Secretaria Nacional de Juventude e do Ministério do Trabalho. “O Brasil tem avançado muito na redução da pobreza e isso tem reflexos na redução do desemprego. Contudo, o desemprego dos jovens é muito maior do que no caso dos adultos. Apesar de essa situação ser favorável, ela não é suficiente para a juventude”, destacou a diretora.

Mais cedo, em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional, ela citou, entre os problemas observados no Brasil, a precariedade do trabalho. “[Isso] é ainda mais grave no caso das jovens mulheres, das negras, dos negros em geral, e dos jovens que vivem na zona rural, então isso mostra que são necessárias políticas ativas e estratégias para resolver essa situação.”

A OIT calcula que, em todo o mundo, haja 75 milhões de jovens sem emprego. “Existe uma enorme preocupação da OIT com a situação do emprego dos jovens no mundo”, disse Lais Abramo. Segundo ela, a taxa de desemprego entre os jovens é o triplo da verificada entre os adultos. Além disso, eles representam quase 40% do total de pessoas sem ocupação. “O fórum faz parte de um processo de reflexão que tem por uma lado uma grave crise de emprego, principalmente de emprego para jovens.”

A secretária nacional de Juventude, Severine Macedo, ressaltou que o trabalho decente é uma das principais demandas dos jovens. “O fórum se realiza em um momento especial em que a juventude ganha mais espaço. Saímos da Conferencia Nacional de Juventude, ocorrida em dezembro, e esse tema foi muito forte como uma das demandas.”

O fórum reúne cerca de 70 pessoas, entre representantes do governo, de empregadores, de trabalhadores e de organizações ligadas aos jovens.

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