Divisão da renda segue desigual nos Estados do país
Três capitais do Sudeste, uma do Sul e a do Distrito Federal encabeçam a lista dos maiores municípios do país em contribuição econômica de acordo com o levantamento divulgado nesta quarta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O relatório traz valores atualizados referentes a 2005. São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF), Curitiba (PR) e Belo Horizonte (MG) responderam, juntas, por cerca de 24,26% do PIB (Produto Interno bruto) do Brasil naquele ano, que somou cerca de R$ 2,1 trilhões.
Apesar de a produção de alguns Estados ter oscilado, os números do IBGE mostram que a divisão da renda nacional pouco mudou nos últimos anos. Ela ainda é bastante desigual e continua concentrada nos principais centros urbanos do país.
Sozinha, São Paulo respondeu por 12,26% (aproximadamente R$ 263,1 bilhões) de toda a riqueza produzida pelo país em 2005, seguida pelo Rio de Janeiro (5,54% ou quase R$ 118,9 bi), Brasília (3,75% ou R$ 80,5 bi), Curitiba (1,39% ou R$ 29,8 bi) e Belo Horizonte (1,32% ou R$ 28,3).
De acordo com o IBGE, os dados para a série que vai de 2002 a 2005 foram reconstruídos levando-se em consideração a nova base de contas nacionais, que entrou em vigor em março deste ano e dá um peso maior para o setor de serviços, resultando assim em uma nova relação entre os ganhos regionais e aqueles obtidos nacionalmente.
Comparando 2005 a 2004, Curitiba subiu da quinta para a quarta posição, ultrapassando Belo Horizonte. No entanto, as capitais da região Sudeste ainda concentravam 20% dos ganhos do país – somados os R$ 14,9 bilhões ou 0,7% de Vitória (ES).
Os cinco municípios de mais baixo PIB, todos da região Nordeste, representaram apenas 0,001% do total do país. Quatro deles estão localizados no Estado do Piauí: Olho D'Água do Piauí, São Luís do Piauí, São Miguel da Baixa Grande e Santo Antônio dos Milagres. O quinto é o município de Quixabá, na Paraíba.