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Diz-me com quem andas e te direi quem és – Erner Machado

Utilizo-me desta velha máxima popular que me era repetida, nos meus tempos de guri, para fazer alguns comentários pessoais- talvez temerários ou até audaciosos- sobre a nossa aproximação, diplomática, política e comercial com República Popular da China.

Diante do entusiasmo da visita oficial de sua excelência ao presidente da China ocorreu-me fazer uma pesquisa sobre este país e constatei o seguinte:

Segundo dados, do presente momento, a China é uma Ditadura Comunista, onde não existe o menor espaço para as liberdades individuais de seu povo.

A China possui, segundo dados de 2021, uma população de 1.412.000.000 de habitantes e seu presidente foi reeleito, em 2022, para o terceiro mandato recebendo, de maneira unânime, 2987 votos dos membros do conselho político chines.

Este número representa 0,000120397% da população total Chinesa, o que para o partido Comunista e, para o Estado chines, é entendido como quórum legitimo e suficiente para eleger o presidente.

Voltei mais um pouco no tempo e descobri que a partir de 1949 quando começou o processo de implantação do regime comunista na China e a revolução cultural, até aos dias de hoje, pode dar-se como certo que 75 milhões de pessoas foram mortas para que o Partido fosse consolidado e o Estado forte fosse, totalmente, implantado.

Avançando um pouquinho no tempo vamos constatar que em 1959 quase um milhão de Tibetanos foram mortos na invasão de seus país, pela China e mais de 6.000 templos e monastérios religiosos foram destruídos por máquinas ou totalmente queimados.

A China justifica a invasão e o domínio do Tibet em razão de que o território é localizado, estrategicamente, no melhor sentido geográfico, pois a província se encontra no continente asiático, no Sul e no centro da Ásia, o que facilita o controle da região, por parte da China.

Com relação a contabilização total de mortes, podemos creditar para este aliado de sua excelência, considerando o período a partir de 1949 até 1958 e de 1959, até agora, a quantia significativa de 76.000.000,00 de vitimas fatais, entre chineses e tibetanos, o que em 44 anos anos nos remete para quantia fantástica de 1.727.272 mortes por ano.

Voltando para o presente constata-se , por informações fidedignas, que a liberdade de expressão, é, totalmente, inexistente e quando concedida, em condições muito. especiais é, rigorosamente controlada.

A televisão, a internet, o telefone e o Facebook, o Instagram e outros meios modernos de comunicação são controlados pelo estado e qualquer pesquisa que seja feita, ou programa que seja visto que não esteja dentro do script oficial é motivo de notificação pelo Estado Forte e se apresentar resistência, o infrator, receberá uma visita de algum membro do Partido Forte e o assunto está, definitivamente, resolvido e encerrado.

Com certeza, diante destes fatos, é preciso que sua excelência, tenha muito cuidado com esta companhia pois, por seu modelo de atuação, pode ficar fascinados.

O que é, plenamente, possível nesta época de encantamentos fáceis que são motivados pela emoção e não pela razão.

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