Vida & Saúde

Doenças do aparelho circulatório são as que mais matam na Região Sul

As doenças da modernidade são as que mais matam no Brasil. Pesquisa do Ministério da Saúde confirma que o perfil de óbitos mudou ao longo dos anos, acompanhando a tendência mundial de mais mortes por doenças crônicas e violentas. Na Região Sul, por exemplo, problemas do aparelho circulatório (AVC e doenças cardíacas, por exemplo) são as que mais matam, com percentual de 32,9%.

A região segue uma tendência nacional. Essas doenças do aparelho circulatório — associadas à má alimentação, consumo excessivo de álcool, tabagismo e falta de atividade física — lideram o ranking.

Ao separar por causas específicas, dentro do grupo das doenças do aparelho circulatório, o AVC se destaca como a que mais mata. Em 2005, 90.006 pessoas morreram por essa causa. Isso representa 31,7% das mortes decorrentes de problemas circulatórios e 10% dos óbitos totais do país. A segunda maior causa específica de óbito no Brasil é a Doença Isquêmica do Coração, principalmente o infarto agudo do miocárdio, que também pertence ao grupo das circulatórias. Em 2005, 84.945 pessoas perderam a vida por causa do infarto – 9,4% do total de mortes do país.

Para o Ministério da Saúde, o perfil de mortalidade mostra mudanças que refletem a urbanização rápida e desenvolvimento do país. No passado, o que mais matava no país eram as doenças infecciosas e parasitárias, tais como as diarréias, tuberculose, malária, entre outras.

Como as doenças crônicas estão ligadas à inatividade física, ao consumo de álcool, tabaco e alimentação inadequada, os dados reforçam que o brasileiro deve investir na mudança de hábitos e buscar, por exemplo, parar de fumar, consumir alimentos saudáveis como frutas, legumes e verduras, praticar atividade física regularmente e diagnosticar e controlar a hipetensão arterial e a diabetes.

— Comer alimentos com excesso de gorduras, de açúcares e de sal, além de fumar e consumir abusivamente bebidas alcoólicas, potencializam o risco de uma pessoa ter um quadro de doença circulatória — afirma o diretor do Departamento de Análises de Situação de Saúde (DASIS) do Ministério da Saúde, Otaliba Libânio.

— Outro grande inimigo da saúde e aliado dessas doenças é o sedentarismo. Por isso, é necessário investir em hábitos saudáveis para melhorar a qualidade de vida e reduzir doenças e óbitos — completa.

A pesquisa

A base de informações utilizada na publicação do Ministério da Saúde foi a do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, que capta os óbitos ocorridos no país, dentro ou fora de ambiente hospitalar, com ou sem assistência médica. Os dados analisados são os de 2005. Como a tendência de morte não muda tanto em um curto período de tempo, para o Ministério da Saúde as informações refletem a atual situação da mortalidade no país.

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