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“Ele queria matar o máximo possível de pessoas e mudou plano”, afirma delegado sobre ataque em escola

A Polícia Civil anunciou nesta sexta-feira (14), em Chapecó, a conclusão do inquérito policial que apurou as mortes em uma creche municipal em Saudades, no Oeste de Santa Catarina.

Uma entrevista coletiva foi realizada pela manhã na Delegacia Regional de Chapecó, com a presença da Delegacia Geral e dos Delegados de Polícia da Região, além do Instituto Geral de Perícias (IGP).

O autor do crime, que está preso, foi indiciado por cinco homicídios triplamente qualificados e uma tentativa de homicídio qualificada. O inquérito segue agora para o Judiciário e o Ministério Público de Santa Catarina.

O Delegado Geral Paulo Koerich destacou a interlocução com as agências de inteligência de Santa Catarina, do Brasil e internacionais, além das forças de segurança estaduais, federais e internacionais. Uma delas foi a Homeland Security Investigations (ICE-HSI) na Embaixada dos Estados Unidos em Brasília.

O Delegado Geral citou ainda que na investigação outras situações suspeitas foram identificadas e repassadas a outros Estados para evitar novos crimes.

De acordo com o Delegado Jerônimo Maçal, responsável pelo inquérito, o homem preso agiu para matar o máximo número de pessoas na creche. “Ele agiu sozinho e consciente do que fez o tempo todo e planejou o crime desde o ano passado”, pontuou o Delegado Jerônimo.

Sobre a motivação do crime, o Delegado Jerônimo reafirmou que o autor era uma pessoa bastante isolada, com um nível muito alto de isolamento e nos últimos tempos foi se isolando cada vez mais.

“Ele também entrou em um mundo que começou a ter contato com muito material violento, ideias violentas e começou a alimentar ódio ao ponto de ele resolver descarregar tudo isso em alguém”.

Na manhã do crime, Fabiano trabalhou na fábrica de confecção de roupas e calçados entre 5h e 9h15min. No horário do intervalo, foi em casa e depois saiu de bicicleta para ir até a Aquarela.

Invadiu a escola 9h50min com uma espada que comprou por R$ 400 na internet e foi entregue cinco dias antes do ataque.

Ele, antes, tentou comprar arma de fogo de várias formas e não conseguiu.

Pensou em atacar a Escola de Educação Básica Rodrigo Alves, onde cursava o terceiro ano do Ensino Médio, mas achou que não daria conta de enfrentar os adultos que frequentavam a instituição.

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A entrevista contou com a participação, além do Delegado Geral, do Delegado Geral Adjunto, Fernando Callfass; do diretor de Polícia de Fronteira, Carlos Augusto Morbini; do Delegado regional de Chapecó, Ricardo Casagrande; do Delegado de Polícia de Pinhalzinho responsável pelas investigações, Jerônimo Marçal e do gerente do IGP, Jean Osnildo dos Santos.

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