Nos últimos 15 dias, os frequentadores da Praia do Cassino, em Rio Grande, no litoral sul, têm sido agraciados com a presença de um elefante-marinho, que escolheu a orla para descansar.
O animal, identificado como um macho da espécie Mirounga leonina, com aproximadamente três metros de comprimento e peso estimado em 800 quilos, está passando por um período de mudança de pele, segundo Lauro Barcellos, diretor do Museu Oceanográfico e do Centro de Recuperação de Animais Marinhos (CRAM-FURG).
Durante esse processo natural, que ocorre anualmente entre primavera e verão, os elefantes-marinhos permanecem em terra firme para evitar temperaturas baixas, garantindo que o corpo se mantenha aquecido, pois a temperatura da pele influencia no crescimento de novos pelos.
O elefante-marinho em questão tem sido monitorado diariamente pela equipe do CRAM, que destaca a importância de respeitar a área isolada destinada ao descanso do animal.
Apesar de estar em jejum durante a mudança drástica de pele, o elefante-marinho se desloca para o mar aproximadamente três vezes por dia, controlando sua temperatura para o processo.
O CRAM reforça a proibição de molhar o animal ou forçar seu retorno ao mar, e pede que as pessoas evitem oferecer alimentos ou manter animais domésticos próximos, devido aos riscos envolvidos.
Fotos são permitidas, mas sem o uso de flash e sem direcionar luz alta dos carros para o animal, preservando o necessário descanso para o processo de mudança.
Além disso, a Portos RS ressalta sua parceria de longa data com o CRAM, enfatizando a excelência técnica na conservação da vida marinha.
Henrique Ilha, diretor de Meio Ambiente da Portos RS, elogia a atuação das equipes, destacando a importância da conservação ambiental e das boas práticas na zona portuária e adjacências.
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