Estelionatários que aplicavam o golpe do troco são presos em Torres
Segundo o Delegado de Polícia Anderson Silveira de Lima, Plantonista na Operação Verão em Torres e responsável pela lavratura do APF, os três homens, Ruben F. C. S., (50 anos), natural de Montevideo, Uruguai, Paulo S. M., com (30 anos), natural de Videira, SC, e Celso de S., (38 anos), natural de Foz do Iguaçu/PR, estavam aplicando um curioso golpe, o chamado “Golpe do Troco”.
Pelo menos três proprietários de estabelecimentos comerciais em Torres foram enganados com o golpe pelos indivíduos. Os três foram capturados pela Brigada Militar de Torres, na tarde desta sexta-feira, quando tentavam aplicar, pela segunda vez, o mesmo golpe em uma Lan House no centro da cidade, momento em que foram reconhecidos pela atendente como os mesmos que lhe haviam aplicado o golpe na noite anterior.
Os três homens, que já estavam na posse de quase mil reais, foram presos em flagrante delito na Delegacia de Polícia de Torres, pela prática do crime de estelionato, e encaminhados à Penitenciária de Osório.
O Delegado de Polícia Anderson Silveira de Lima alerta para que os comerciantes fiquem atentos ao golpe, devido ao aumento do número de pessoas nas praias e incremento do comércio ficando relativamente facilitada a aplicação do golpe.
Como ocorria o “Golpe do Troco”:
Os indivíduos dirigiam-se aos estabelecimentos comerciais e faziam compras de mercadorias de baixo valor como, por exemplo, uma garrafa d'água, num valor aproximado de R$ 2,00, oferecendo como pagamento uma nota de R$ 100,00.
Quando recebiam o troco do comerciante, pegavam parcela do troco já recebido, no exemplo acima, R$ 48,00 (dos R$ 98,00 recebidos) e inteiravam com R$ 2,00, solicitando fossem trocados por uma nota de R$ 50,00.
Quando o comerciante entregava, então, a nota de R$ 50,00, os meliantes devolviam ao comerciante a mesma nota de R$ 50,00 recebida e pediam de volta a nota de R$ 100,00.
Os comerciantes, que ainda estavam contando o dinheiro para a primeira troca de notas (no exemplo acima os R$ 48,00 inteirados com R$ 2,00, recebiam mais uma nota de R$ 50,00 (que recém haviam entregue aos estelionatários) e entregavam, enganados pela confusão formada, a nota de R$ 100,00, restando num prejuízo de R$ 50,00, a cada golpe sofrido.
Durante a aplicação do golpe, os outros dois indivíduos ingressavam no mesmo estabelecimento e também compravam produtos de pequeno valor e se dirigiam conjuntamente ao caixa, solicitando agilidade na cobrança, alegando pressa, tudo no intuito de apurar o comerciante e mais facilmente levá-lo ao erro.