Família de homem morto nega que ele tenha tentado tirar arma de PM em Tramandaí

Editoria Policial Litoralmania

A Polícia Civil investiga as circunstâncias da morte de um homem durante um surto de esquizofrenia na noite de sábado (02), em Tramandaí.

Ele estava em atendimento pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e foi baleado por um policial militar.

Segundo a Brigada Militar, os disparos aconteceram porque o homem teria tentado pegar a arma de um dos policiais, que prestava apoio à equipe do Samu.

A ocorrência da Brigada Militar relata que Anderson teria tentado agredir o condutor da ambulância e depois partido para cima de um dos dois policiais que acompanhavam a equipe de socorro.

Teriam sido feitos dois disparos com arma de choque, que não teram sido suficientes para conter Anderson.

Depois, o policial teria disparado duas vezes na perna e uma terceira no abdômen da vítima, que morreu em atendimento no hospital.

Um disparou ainda ricocheteou e acertou a perna da mãe de Anderson, que vai passar por exame de corpo de delito.

A família de Anderson Roberto Lima da Rosa nega que isto tenha acontecido e emitiu nota Ao Litoralmania.

Veja na íntegra abaixo o comunicado.

“A equipe SPM -Advogados, representando os familiares de Anderson Roberto Lima da Rosa, rapaz brutalmente assassinado no último sábado (02/09/23), vem a público esclarecer que em nenhum momento houve qualquer investida de Anderson contra o PM e/ou servidor da SAMU, informação inverídica, não condizente com a verdade, que vem sendo veiculada por alguns meios de comunicação e em perfis de notícias nas redes sociais digitais.

Ao contrário, o fato é que Anderson foi mais uma vítima do despreparo policial, bem como dos agentes de saúde, os quais deveriam proteger/resguardar a vida de uma pessoa e não a ceifar.

Anderson era acometido de esquizofrenia, com diagnóstico e tratamento há longo tempo.

Além disso, informa-se, ainda, que além de Anderson, a Sr.ª Liane (sua mãe) também foi alvejada por um dos disparos de arma de fogo efetuados pelo policial militar, causando-lhe lesão na perna direita.

Por fim, demais informações serão oportunamente repassadas, visando o esclarecimento do fato e que seja feita JUSTIÇA POR ANDERSON.

Carla Spencer
OAB/RS 116.091

Carlos Eduardo Martinez
OAB/RS 103.463″

A Brigada Militar também emitiu nota sobre o caso.

“A Brigada Militar informa que está apurando as circunstâncias da ocorrência em Tramandaí, no bairro São Francisco II, ao fim da noite do sábado (02/09), que resultou no óbito de um homem de 29 anos, e presta solidariedade à família e amigos.

O apoio da Brigada Militar foi solicitado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) para acompanhamento no chamado de um possível caso de surto psicótico e uma guarnição com dois policiais militares foi despachada.

No local, o homem que necessitaria do atendimento do SAMU, estava em frente à residência do endereço informado. Um primeiro contato foi realizado com o indivíduo por integrante do SAMU e o homem teria tentado investir contra ele, havendo intervenção verbal de um dos policiais militares para tranquilizar a situação.

O indivíduo em questão e um outro homem teriam investido contra o policial, que fez uso de armamento de dispositivo elétrico incapacitante (Spark), sem resultar na esperada contenção.

Em seguida, o homem teria segurado o policial, tentando retirar a sua arma de fogo do coldre.

O soldado, ao tentar se desvencilhar do homem, acabou fazendo uso da arma de fogo com disparos na perna do indivíduo, que insistia em investir contra o policial militar.

No confronto, ocorreu outro disparo, atingindo o abdômen do indivíduo, atendido pelo SAMU e conduzido a hospital, mas que acabou chegando a óbito.

A Brigada Militar reforça que seu efetivo é constantemente treinado para uso correto das técnicas de atuação policial e obediência aos preceitos éticos de seus servidores e o 2° Batalhão de Policiamento de Áreas Turísticas (2°BPAT) está tomando as providências cabíveis para instaurar Inquérito Policial Militar (IPM), a fim de apurar os fatos em questão.”

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