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Família e estresse

O que podemos considerar como mais importantes na vida de um ser humano? O dinheiro? A fama? O sucesso? As paixões? Sim e não!

E que tal a família? Provavelmente iremos concordar que sim! Seja ela sua família de sangue ou sua família por opção.

Independentemente de qualquer definição clássica, ou conceito cristão, a família é o sustentáculo, aquilo que nos dá força, são aquelas pessoas que, ainda que tudo dê errado, podemos correr e pedir ajuda. Ela ajuda a formar o conceito de casa. Afinal casa é aquele lugar onde sabemos que existem pessoas que se preocupam com o nosso bem estar de fato! São aquelas pessoas que pedimos ajuda quando acontecem imprevistos, são aqueles que se sentem orgulhosos de estarem ligados a nós independentemente de nossas competências e incompetências.

Mas a família também é a que mais sofre com nosso estresse, mal humor. Afinal de contas, em casa eu não preciso ser polido, eu não preciso manter aparência, eu não preciso ser demasiadamente educado, pois em geral, aquelas pessoas que estão comigo ou não tem escolha, ou já se acostumaram com minhas alterações de humor ou de personalidade. E cada vez mais o mundo anda tão estressado! É por isso que as famílias se desfazem. Porque as pessoas não conseguem lidar com seu estresse do trabalho, do trânsito, entre outros, e o levam para casa, descontando suas frustrações naqueles que mais amam.

Enfim, dizem que o estresse é a doença do século 21. Não sei se é verdade, mas o negócio é tão sério que até banco anda fica estressado! Como assim? Na verdade pode até parecer engraçado, mas essa semana tivemos o Banco Central Europeu divulgando o resultado dos testes de estresse aplicado ao sistema financeiro da região ao longo do mês de julho. Na verdade, esses testes simulam cenário de instabilidade na economia européia, como uma forma de quantificar o quanto seria necessário por parte de cada banco para que a instituição conseguisse enfrentar uma determinada crise. Trazendo para nossa realidade cotidiana, é como se você fosse testado. Qual seria sua reação se num mesmo dia fosse demitido, tivesse que enfrentar um pneu furado, um trânsito daqueles, uma nota vermelha do seu filho na escola e sua mulher com TPM?

Os testes mostraram que dos 91 bancos que participaram, 7 não passaram nos testes, valor este que ficou abaixo do que o mercado inicialmente previa, que eram 10 bancos apresentando problemas. Com isso, podemos concluir que a situação do sistema financeiro europeu está um pouco mais saudável do que o mercado esperava. Isso ajudou o Ibovespa a encerrar a semana com uma alta.

Adicionalmente a semana foi marcada por eventos no âmbito corporativo. Nos EUA os resultados das empresas não mostraram uma tendência muito bem definida; tivemos ainda o mercado de mineração e siderurgia mostrando recuperação após amargar algumas semanas de queda em bolsa, influenciado pelas altas nos preços do minério de ferro; e a brasileira Embraer registrando alguns pedidos por novos aviões. Internamente tivemos ainda a decisão do Copom de elevar em 0,5 p.p. a taxa de juros básica da economia, Selic, valor esse que ficou abaixo da expectativa do mercado e colaborou para esse cenário positivo para nossa bolsa.

Na semana que vem temos indicadores do setor imobiliário, de confiança do consumidor e de desemprego nos EUA; semelhantemente na Europa o foco ficará com os dados de confiança  do consumidor e de emprego, além da repercussão dos testes de estresse dos bancos; no Brasil temos a ata do Copom e a continuidade de divulgação de resultados trimestrais de diversas empresas.

Assim como os bancos, na semana que vem, você será testado. Algumas situações provavelmente vão tentar tirá-lo do sério e estressá-lo. Não se deixe abalar e preserve o seu bem mais importante: a família.

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