Governo apresenta proposta de reajuste do piso regional na próxima semana
O chefe do Executivo entregou ao presidente da Fiergs, Heitor Muller, um ofício com os argumentos do Governo para defender a valorização do benefício. O documento ressalta que o Piratini, assim como fez o Governo Federal nos últimos anos, aposta no aumento da capacidade do poder de compra dos trabalhadores como um dos pilares para evitar a recessão da economia.
“A valorização do salário mínimo nacional desempenhou papel fundamental, pois é o instrumento mais eficaz de proteção do trabalhador assalariado e de distribuição de renda”, diz o texto assinado pelo governador.
Para compensar o aumento das despesas das empresas, Tarso lembrou que já nesse primeiro ano, foram adotadas uma série de medidas para fomentar e acelerar o desenvolvimento econômico do Estado, como os incentivos na área de inovação, o fortalecimento das cadeias produtivas regionais, o não aumento de impostos, além da reestruturação do Fundopem.
“O Governo é sensível, portanto, ao argumento de que é necessário aumentar a competitividade das empresas gaúchas e, por isso, não serão poupados esforços para combater a guerra fiscal, evitar o processo de desindustrialização, a atração de investimentos e o fomento do desenvolvimento da economia gaúcha. Esse desenvolvimento econômico, contudo, deve estar necessariamente interligado a uma política de melhoria na qualidade de vida da população, o que se obtém com distribuição de renda”, ressaltou o governador.
Dados revelam que aumento do piso beneficiou a economia gaúcha
Um estudo da Fundação de Economia e Estatística (FEE)concluiu que a introdução do piso regional deu-se em ambiente de importante redução do desemprego e de maior formalização das relações de trabalho, pois a taxa de desemprego total na Região Metropolitana de Porto Alegre declinou de 16,6%, em 2000, para 8,7%, em 2010. Em setembro de 2011, esta taxa foi de 7,7% e, em Porto Alegre, caiu para 5,7% em outubro (menor taxa de toda a série histórica da pesquisa).
Ainda conforme o estudo da FEE, as micro e pequenas empresas que, inicialmente, teriam menores condições de suportar uma política de valorização do piso regional, já praticam remuneração bem superior aos valores fixados para o Estado.
Atualmente o piso regional é de R$ 610 e as entidades empresariais defendem um reajuste de pouco mais de 7%. Já as centrais sindicais, que também já participaram de reuniões com o governador, querem uma reposição de 18%. Além do presidente da Fiergs, também participaram do encontro o presidente do Sistema Fecomércio, Zildo De Marchi, e representantes da Farsul, FCDL e Federasul.