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Guarita 134 tem o maior número de salvamentos no litoral norte

O salva-vidas capitão Éderson Fioravante Lunardi, conhece os perigos ocultos no mar. O balneário do Imbé-Sul, é um dos locais mais frequentados no município, é repleto de perigos ocultos.

“Olhando julgamos ser tranquilo, mas a rotina nos mostra o perigo”, afirma Lunardi, que já vivenciou vários casos de afogamento.

A área de banho é delimitada por orientação e silvos de apito que alertam os banhistas, mas como nem todos respeitam, o trabalho de conscientização é intenso. “Não podemos impedir que a pessoa avance, mas podemos orientar”. É preciso ficar atento, as correntes de retorno e as formações de buracos, pois os salva-vidas não podem perder tempo para resgatar a vítima de afogamento, logo conhecer os caminhos, faz parte da rotina do homem do mar.

A guarita 134 tem até o momento o maior número de salvamentos da 44ª Operação Golfinho, nos finais de semana, os números aumentam devido aos banhistas não observarem as orientações dadas. Isso se deve ao fato da formação de bancos de areia e também de buracos conhecidos por “panelas”, Lunardi lembra que a maioria dos rios no Brasil são exorréicos, deságuam no mar. E que o Rio Tramandaí tem um canal de aproximadamente cinco metros de profundidade e essa complexidade acaba ajudando a deixar a conhecida Barra de Tramandaí mais perigosa.

A utilização de bóias tipo “pranchas de isopor” pelos banhistas é um risco. Quando o vento está na direção da guarita é possível se divertir, mas quando vira, os salva-vidas orientam a não utilização do equipamento, já que o banhista pode se distanciar muito da praia. “Se a pessoa não sabe nadar e uma marola virar a bóia, nós não conseguimos chegar a tempo para salvá-lo”. O capitão Lunardi lembra que no mar, a água está a favor do salva-vidas, fora quando o dia é de repuxo, pois a mudança do vento muda toda essa previsão.

Lunardi ainda lembra que outra situação que merece atenção especial dos profissionais de socorro diz respeito às crianças. Com a presença dos salva-vidas e a água tranquila, alguns pais deixam de monitorar os pequenos, esquecendo que aquilo que parece uma marola para um adulto pode ser fatal para uma criança. “É um trabalho diferenciado”.

Nos dias de pouco movimento, os salva-vidas possuem visão total de quem está na água. O que aparentemente está sob controle, no entanto, pode mudar com a chegada de grandes grupos. “O oficial lembra que é importante o banhista ao chegar à praia, buscar orientações junto aos salva-vidas sobre as condições do mar, damos uma atenção especial neste sentido. A preferência é passar uma temporada realizando orientações do que socorrendo vítimas de afogamento”, diz ele.

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