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Impasse põe em risco aliança nacional entre PMDB e PT

Segundo maior colégio eleitoral do país, Minas Gerais recebe atenção proporcional a sua dimensão política nas costuras de alianças para as eleições presidenciais deste ano entre os principais partidos governistas e da oposição. No PMDB, o deputado e interlocutor nas conversas com o PT, Eduardo Cunha (RJ), admitiu à Agência Brasil que a coligação formal entre os dois partidos em torno do apoio à possível candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, à Presidência corre risco caso não se feche uma aliança estadual entre as duas siglas.

“Minas Gerais é o impasse. Se não resolver fica difícil. Se Minas degringolar porá em risco [a aliança nacional], uma vez que o estado terá, na convenção nacional, 69 votos”, afirmou Cunha. Com três pré-candidatos ao governo do estado, o PT e o PMDB não chegaram a um consenso em torno de um nome.

Os peemedebistas querem o apoio do PT à candidatura do ministro das Comunicações, Hélio Costa. Por outro lado, os petistas tem dois pré-candidatos, o ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, e o prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel.

Essa “briga interna” no PT, de acordo com Eduardo Cunha, tem inviabilizado as conversas entre os dois partidos para a aliança num estado onde, de acordo com o peemedebista, não há como se ter dois palanques. “Com o Patrus é mais fácil de compor, mas o Fernando Pimentel é mais problemático”, acrescentou o peemedebista.

Eduardo Cunha acrescentou que somente em fevereiro peemedebistas e petistas retomarão as conversas sobre as alianças nos estados.

Já o líder do PT na Câmara, Cândido Vaccarezza (SP), é mais otimista quanto a um acordo. Para ele, as conversas com o PMDB evoluirão para um acordo em que os três pré-candidatos continuarão a colocar seus nomes ao eleitorado e, em maio, quem tiver melhor colocação nas pesquisas de opinião pública será o candidato apoiado pelos dois partidos para o governo mineiro.

O petista ressaltou que a costura da aliança nacional entre o PT e o PMDB de apoio à possível candidatura de Dilma à Presidência está acima das composições estaduais. “Não acredito que os estados serão impeditivos para a aliança nacional”, disse Vacarezza.

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