Indícios
Indícios não têm a consistência de uma prova material, mas conduzem a uma convicção quando somados e com seqüência lógica. Dona Yeda é culpada ou não? Confesso que não posso afirmar. Só quem poderá afirmar será uma sentença transitada em julgado. Daí penso que se possa inferir que esta hipótese não será alcançada, pois em nosso país a impunidade campeia.
Quando o Bu$atto cantou como um bom canarinho e foi grampeado pelo vice- governador, incontáveis foram os políticos e mesmo jornalistas que o massacraram. Penso que este cidadão, foi franco e a ele sou grato como também o sou ao vice que depois de tê-lo grampeado, tornou as gravações públicas permitindo a todos que pagam tributos viessem, a saber, como são desviados recursos do erário para financiar campanhas de patifes. Depois disto a deputada federal Luciana Genro e o vereador Pedro Ruas, este advogado, descarregaram sua baterias contra a govenandora acusando-a de ser corrupta. Os periódicos e revistas deitaram e rolaram.
Dona Yeda diante destes fatos tomou a atitude de processar jornais e revistas buscando reparação financeira para o dano moral que dizia ter sofrido. Mas não moveu processo contra a deputada Luciano Genro. Isto para mim consiste num belo indício. Por que digo isto? Por que processada a deputada, esta em sua defesa iria solicitar a exceção da verdade, fazendo com que documentos em mãos da procuradoria Geral da República viessem a público. Assim sendo mover processo contra a deputada seria um mau negócio. Logo a seguir um deputado que a meu juízo não merece respeito, pois eleito por uma sigla, imediatamente bandeou-se para o lado da governadora. Ele atende pelo nome de Coffy.
Este deputado partiu para cima do vice-governador com o propósito de cassar o mandato do mesmo visto que ele fizera algum negócio através de suas empresas com a falida Ulbra.
Este comportamento a mim pareceu ser outro indício, pois havendo a inimizade que hoje há ente a governadora e o vice, pareceu-me que a tal proposta de cassação teria o objetivo de impedir o mesmo de assumir o governo no caso de cassação do mandato de dona Yeda. Outro indício que julgo forte e não está colocado na ordem cronológica foi a aposentadoria do preso Vaz Netto, requerida e processada em uma semana, enquanto o mesmo ainda estava preso provisoriamente. Este tem cheiro de fumaça e sabemos que onde há fogo o mesmo gera fumaça.
Aposentei-me em 1993 e o processo tramitou por mais de três meses, estando eu em liberdade.
A aposentadoria de algum servidor preso por corrupção tramitar em uma semana, além de ser escandaloso, penso ser caso de polícia, tal sua gravidade. E o mais grave é que quem concedeu a mesma era sabedor de que esta seria cassada, mais cedo ou mais tarde por absurda. Logo quem concedeu dita aposentadoria devia saber de tal, mas ainda o fez penso que para acalmar o preso e mantê-lo de bico calado. Por todo o exposto se dona Yeda nada tem a ver com a patifaria, certamente é das criaturas mais azaradas que nasceu neste planeta.
Para encerrar digo que todos apontam incontáveis inimigos de dona Yeda, mas até o momento não me lembro de ter ouvido ou lido o que vou afirmar a seguir. Dona Yeda tem um inimigo que só mesmo um psiquiatra poderá ajudá-la a livrar-se do mesmo. É o ego dela que os tradicionalistas diriam ser do tamanho do Rio Grande. Exemplo disto é o fato de que volta e meia algum dos seus é objeto de acusação e ela faz ouvidos de mercador. Isto soma contra ela sempre.
Necessário registrar que ela move-se no terreno político tal com um elefante em uma loja de cristais. Exemplo é Ricardo Lied que julgo bandido. Por que digo isto? Por que na campanha eleitoral à Prefeitura de Lajeado em que seu partido estava coligado com o PP em busca da reeleição da Prefeita.
O adversário da mesma era o ex-deputado Luiz Fernando Schmidt. Ricardo Lied valeu-se de dois brigadianos lotados no Piratini que tem senha de acesso ao sistema informatizado da Polícia para “investigar” a vida do adversário. Isto é crime, pois conduta de bandido. Não bastasse isto, Lied passou a informação a outro bandido que era vereador do PSDB e seu primo, o qual buscava também reeleger-se. Este telefonema foi gravado em “investigação” do MPE.
Por tal conduta Klaus foi enKLAUSurado até o dia do pleito e libertado tão logo fechadas as urnas. Disse ele depois da apuração que o povo o havia absolvido, pois lograra a reeleição. Deu-se mal, pois teve seu mandato cassado pela magistrada da comarca. Você leitor atento deve ter observado que coloquei entre aspas o vocábulo investigações nas duas vezes que o empreguei.
Explico que assim procedi para salientar que investigação de conduta criminosa mesmo que eleitoral é de competência do Delegado de Polícia que é a única autoridade policial neste estado e jamais de assessor de governador, promotor ou brigadiano.
No caso em Lajeado foram empregados brigadianos desviados de sua função que é o policiamento ostensivo. O Promotor Público é o titular da ação penal e o Delegado de Polícia é o titular da investigação criminal. Assim está no mandamento constitucional.