Genival Inácio da Silva, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, aparece em 16 gravações telefônicas feitas pela Polícia Federal na Operação Xeque-Mate, que investiga a exploração de caça-níqueis.
Vavá, como é conhecido o irmão de Lula, foi flagrado usando o nome do presidente para conseguir dinheiro de Nilton Cezar Servo, apontado pela polícia como chefe da suposta máfia.
A PF divulgou que, até o momento, não há comprovação de que Vavá teria conseguido interferir em qualquer decisão do governo ou que tenha recebido dinheiro.
A polícia diz ainda que Lula não tem nenhuma participação no episódio. A assessoria do Palácio do Planalto informou que o presidente não irá se pronunciar oficialmente sobre a divulgação dos grampos.
Vavá foi indiciado por tráfico de influência e exploração de prestígio. A PF havia pedido a prisão do irmão de Lula, mas a Justiça negou. Ao todo, 80 pessoas foram presas na operação deflagrada na última segunda-feira (4).
Em entrevista ao G1, Edson Inácio da Silva, filho de Vavá, voltou a negar que seu pai tenha ligação com o esquema. Ele também disse que Vavá não comentar os grampos da Polícia Federal.
“Meu pai não falou em máquina de caça-níqueis. Pelo o que eu vi na imprensa, ele disse apenas ‘máquinas’. É difícil a gente comentar um assunto sem ter o conteúdo inteiro das fitas. Induz ao erro”, disse Edson. “Ele só vai falar quando tivermos todas as informações”.