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JBS/Friboi explica a investidores o caso de vaca louca

O Frigorífico JBS/Friboi deu explicações aos investidores em ações sobre a suspeita de um caso de encefalopatia espongiforme bovina, popularmente conhecida como doença da vaca louca, em uma unidade no Mato Grosso. A empresa enviou comunicado à Comissão de Valores Mobiliários, no qual diz é o mesmo caso divulgado pelo Ministério da Agricultura na semana passada.

Para Miguel Gularte, presidente da JBS Mercosul, o caso não deve representar impacto nas exportações brasileiras ou no consumo de carne no mercado interno. De acordo com o Ministério da Agricultura, a suspeita é que se trate de um caso atípico, quando a doença surge de forma esporádica e espontânea, e não está relacionada à ingestão de ração contaminada. Segundo a o ministério, o animal sob suspeita, que tinha idade avançada, foi criado no pasto com sal mineral.

A carne não chegou a entrar no mercado de consumo. A nota da JBS/Friboi afirma que o frigorífico onde foi identificada a suspeita conta com a presença diária de fiscais agropecuários federais. “A rígida fiscalização sanitária e a capacidade técnica da equipe impediu o que o produto chegasse ao consumidor final, garantindo total controle sanitário e ambiental”, diz o texto.

O Ministério da Agricultura fez testes que indicaram a doença. No entanto, aguarda  manifestação do laboratório da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em Weybridge, na Inglaterra, para confirmação oficial do caso. O ministério iniciou processo de investigação epidemiológica em campo.

A doença da vaca louca é causada por uma proteína chamada príon, que pode ser transmitida a bovinos e caprinos quando alimentados com ração de farinha contendo carne e ossos de animais contaminados. Além de causar a morte dos animais, a EEB pode infectar seres humanos.

No ano passado, após a confirmação de um caso de doença da vaca louca em um animal morto em 2010 em Sertanópolis (PR), vários países suspenderam a compra da carne brasileira, embora também se tratasse de EEB atípica.

A OIE não alterou a classificação de risco do Brasil para a doença, que continua insignificante.  Os países que deixaram de comprar carne foram o Japão, a China, o Peru,  Líbano; a Coreia do Sul, Arábia Saudita,  África do Sul, ilha de Taiwan, a Jordânia e o Chile.

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