Justiça manda soltar homem que baleou policial na cabeça durante operação no Litoral Sul

Editoria Policial Litoralmania

Uma decisão da Justiça gaúcha revogou a prisão preventiva de um homem 40 anos que baleou uma policial civil com um tiro na cabeça em abril do ano passado, durante uma operação em Rio Grande, no litoral sul do Estado.

Na ocasião, Laline Almeida Larratea, 36 anos, foi atingida enquanto participava de uma ação de combate ao tráfico de drogas, em que o homem era um dos alvos.

Na decisão da 1ª Vara Criminal da Comarca de Rio Grande, a juíza entende que não houve intenção, por parte do réu, de matar a servidora, apenas resistência à abordagem.

A decisão é de 28 de abril deste ano, mas gerou repercussão e indignação por parte de integrantes da Polícia Civil nesta sexta-feira (23).

O Ministério Público do Estado (MP-RS) afirmou que já recorreu da decisão — na denúncia, a instituição acusou o réu por seis tentativas de homicídio, contra Laline e demais policiais.

Apesar de ter sido solto neste processo, o homem segue preso por envolvimento em outros crimes, segundo a Polícia Civil.

No entendimento da juíza, a ação do réu caracteriza resistência.

Na ocasião, as equipes da polícia foram até a casa do homem para cumprir mandado de prisão contra ele e de busca e apreensão em sua residência.

Ao perceber que um grupo de pessoas adentrava a residência, o réu passou a atirar.

Após ser baleada, Laline passou cerca de um mês internada em um hospital, 15 deles na UTI, e chegou a entrar em coma. Segundo a Polícia Civil, o disparo atingiu uma parte do cérebro que é responsável por processar memórias e sentimentos.

Em depoimento no processo, a policial contou que perdeu memórias, inclusive experiências vividas com a filha, de três anos. Em razão disso, relata que se afastou “bastante” da criança e do marido, também policial civil — o companheiro também atuava na operação no dia em que a vítima foi baleada, mas cumpria ordens judiciais em outro local do município.

Por decisão médica e da família, a policial não retomou as atividades, segundo a PC.

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