Lula: “É hora de baixar juros”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira, em São Paulo, que é hora de baixar juros e preços para que a economia brasileira não seja influenciada pela crise financeira internacional. Em entrevista após reunir-se com a ex-senadora colombiana Ingrid Betancourt, libertada pelas Farc este ano após quase sete anos em cativeiro, o presidente fazia uma defesa de ações internas para estimular a economia, quando foi questionado se é hora de baixar os juros.

— É hora de baixar juros, é hora de baixar preços. É hora de compreender que cada um tem que fazer o seu sacrifício — respondeu.

Para o presidente, o ano de 2008 já está garantido:

— Basta ver o movimento na Rua 25 de Março e nos shoppings. Mas temos um problema em automóveis e bens duráveis.

Lula voltou a dizer que a sociedade não pode deixar de consumir, influenciada pelo noticiário, por temer a perda do emprego, pois isso pode acontecer justamente pela queda no consumo.

— Se vocês não estão devendo, comprem as coisas que têm que comprar. Mas se têm dívidas, paguem. Comprem o carro que vocês tiverem que comprar. Comprem logo — recomendou.

Ingrid

Durante o almoço com a senadora, Lula disse que era hora de os militantes das Farc acompanharem as notícias da América do Sul. Citou o seu caso, de um operário que chegou à presidência, para repudiar os seqüestros políticos:

— Se há chance de um dia as Farc governarem a Colômbia é pela democracia, pela militância política. Não se ganha eleição seqüestrando pessoas.

Ingrid agradeceu ao fato de Lula ter demonstrado interesse no tema e mantido conversas com o governo colombiano e com os presidentes franceses Jacques Chirac e Nicolas Sarkozy, mesmo que de maneira discreta. Ela lembrou também o encontro que Lula teve com sua família na Argentina, quando ela ainda estava seqüestrada:

— Foi um momento muito especial para minha família. O presidente Lula reservou tempo para eles. Esses atos criam vínculos afetivos muito fortes.

Com informações do G1, da Agência Estado e da Agência Brasil.

Comentários

Comentários