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Maioria dos presos na Capital tinha antecedentes criminais

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) divulgou um balanço das ações das forças policiais durante a manifestação nas ruas da Capital na segunda-feira (24). A Brigada Militar e a Polícia Civil confirmaram que saqueadores se infiltraram na mobilização – que ocorria de forma pacífica – para cometer roubos e furtos. A maioria dos 65 detidos encaminhados à Área Judiciária Integrada tinha antecedentes criminais. Do total, 13 foram presos em flagrante por crimes como roubo, furto qualificado e furto a pedestre.

O secretário da Segurança Pública, Airton Michels, destacou a atuação das polícias para preservar a integridade física dos manifestantes. Além de elogiar a atuação dos policiais, Michels explicou que a Brigada Militar agiu “com correção e profissionalismo” para conter os avanços de vândalos e evitar a depredação do patrimônio público e privado.

“Houve um comportamento exemplar das nossas forças policiais dentro de um contexto que, seguramente, por sua natureza, pelo caráter difuso, pela não vontade de diálogo com os participantes desse movimento, se torna um ambiente naturalmente tenso. Dentro desse contexto, parece que obtivemos o resultado mais eficiente e profissional possível”, afirmou Michels.

O balanço da cúpula da Segurança Pública apontou ainda que dois prédios públicos – Secretaria Municipal da Juventude e TudoFácil – e dois residenciais foram danificados. Nove bancos e 21 lojas foram depredados, além de 30 contêineres queimados.

O comandante-geral da Brigada Militar, coronel Fábio Duarte Fernandes, detalhou a operação policial que acompanhou os 10 mil manifestantes pelos bairros Cidade Baixa e Centro. O oficial afirmou que a BM está ampliando as ações de inteligência para impedir a atuação de criminosos no movimento. “Chama a atenção o perfil desses saqueadores e depredadores, que ingressaram na marcha com o intuito de realizar não só depredações mas também roubos, furtos e saques”.

Monitoramento

Sobre a técnica adotada pelos policiais para impedir a atuação dos criminosos, o coronel garantiu que os policiais militares e civis vão continuar monitorando as ações dos grupos de vândalos por meio do setor de inteligência. “O nosso objetivo é fazer com que o movimento cada vez mais se fortaleça, extirpando das manifestações os depredadores e saqueadores. Há uma preocupação da BM com os profissionais da imprensa e com seu trabalho, que tem sido muito importante”.

Mesmo com uma mobilização abrangente, que ocorreu em diversos lugares da cidade, o coronel destacou o êxito da atuação da BM junto a grupos de até 20 vândalos – chamados popularmente de bondes. “Tivemos informações de que haveriam saqueadores junto ao movimento, além dos depredadores. Colocamos patrulhas na cidade, o que possibilitou a prisão deles”.

O chefe da Polícia Civil, delegado Ranolfo Vieira Júnior, afirmou que a maioria dos presos tinha antecedentes por crimes como porte ilegal de arma, roubo a pedestre, tráfico de drogas, furto qualificado, roubo de veículo, lesão corporal e estupro. Ranolfo ressaltou que dos 13 presos em flagrante, 11 (85%) tinham antecedentes criminais.

“Os números que temos apontam para uma guinada diferente das primeiras manifestações, uma vez que na primeira tivemos pequenos delitos numa quantidade ínfima de manifestantes. Na segunda tivemos a questão da depredação como um todo, e nesta temos criminosos que estão se utilizando da manifestação para a prática de crimes comuns”.

O delegado afirmou que 28 pessoas foram presas acusadas de outros crimes, sete assinaram Termo Circunstanciado (infração de menor potencial ofensivo) e 17 adolescentes acabaram apreendidos. “Aproximadamente 70% desse total de 65 presos apresentados possuem antecedentes criminais”.

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