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Manifestantes prometem intensificar protestos no Chile

Em meio à determinação de estudantes e professores de manterem as manifestações no Chile, o governo do presidente chileno, Sebastián Piñera, apelou hoje (10) à sociedade pedindo a colaboração para que o ano escolar de 2011 não seja perdido. O ministro da Educação do país, Felipe Bulnes, manteve o teor do plano de reforma educacional anunciado na semana passada e listou as medidas que serão adotadas para evitar prejuízos aos alunos em decorrência das paralisações.

As medidas anunciadas hoje por Bulnes foram batizadas de Plano para Salvar o Ano Letivo. A ideia é repor as aulas perdidas, autorizar atividades em locais alternativos, como bibliotecas e ginásios, casos as escolas estejam sob controle dos manifestantes, e permitir que os alunos façam os exames finais em períodos distintos.

O plano foi anunciado hoje nas presenças de alguns prefeitos e parlamentares em Santiago. “Em conjunto com os prefeitos e aliados vamos dar todas as facilidades para garantir o direito de toda criança ser educada para evitar perder o ano letivo”, disse o ministro.

Há cerca de um mês, o governo chileno enfrenta violentos protestos contra o sistema de educação do país. Sob a liderança de universitários e professores, as manifestações reivindicam o ensino superior público, mais investimentos em educação e mudanças no sistema nas classes básicas e fundamentais.

Os manifestantes programam para amanhã (11) mais protestos por todo país e prometem intensificar as marchas no próximo dia 18. Paralelamente, o governo informou, por meio de vários interlocutores, que não pretende alterar o plano de reforma anunciado na última semana.

Ontem (9) cerca de 100 mil estudantes chilenos marcharam pelas ruas de Santiago e pelas principais cidades do país, exigindo educação pública e gratuita para todos. As marchas reuniram alunos, professores, pais de alunos e sindicalistas. Um jovem, carregando uma cruz, exibia um cartaz: “Não posso estudar; meu pai é carpinteiro”. Também houve incidentes entre policiais e estudantes com rostos cobertos, que faziam fogueiras nas ruas e lançavam pedras contra carros.

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