Colunistas

Marcio Yazbeck escreve

Nesta sexta-feira carrancuda, de um mau humor aterrorizante e que impõe aos penitentes, em passos lépidos, a ida ao oratório e exorcizarem suas culpas, trago para incendiar o ânimo dos meus generosos dezoito leitores, o artigo de Marcio Yazbeck, amigo e confrade que, a exemplo de Jorge Vignoli (está publicando, hoje, suas doces reminiscências de Osório e Santo Antônio da Patrulha), pretendo fazê-lo meu “afilhado literário” neste Litoralmania.

Politicamente, não somos muito convergentes. Em algumas tardes, ante o fumegante capuccino, nos encontramos nas cafeterias da cidade para debatermos nossos pontos de vista sobre os mais variados assuntos, até mesmo (sobra tempo, sim!) para nos perguntarmos para onde se foram as lindíssimas jovens mulheres que, nas tardes dos verões, emprestavam colorido ao calçadão da Beira-Mar. Refugiaram-se em Punta del’Este, Canasvieiras ou Praia dos Ingleses?

Reiterando: politicamente, em muitas questões divergimos. Porém, mutuamente, ouvimos e respeitamos o mais sagrado direito de expormos nossas opiniões, como verdadeiros democratas, vez que ainda há (e como!!!) tantos que assim se autoproclamam e não passam de alienados discursadores dos anos sessenta que sequer a palavra de ordem atualizaram.

É dele, Marcio Yazbeck, o texto abaixo:

“Dia de chuva… Na falta de coisa melhor a fazer, vou descer o sarrafo no grandioso Foro de São Paulo, só para provocar a pelegada “progressista”… Lá estão reunidas, para debaterem os rumos da América Latina e do Caribe, as mais atrasadas e anacrônicas figuras do sistema solar interno. Vivendo em um cenário de ficção científica ou em alguma outra dimensão paralela, os “líderes progressistas’ e.”. outros bajuladores de tiranetes decadentes, não apontam para uma mudança de rumo ideológico ou político como solução ao atraso nada latente da América Latina, mas sim para o aprofundamento do bolivarianismo, esse mesmo, que nos está levando à bancarrota. É espantoso!

Que país seria o modelo ideal de desenvolvimento social e político na visão desses pterodátilos? A “popular” Coréia do Norte e seu sistema feudal, onde o poder se concentra nas mãos de uma única família há gerações? Talvez a moderníssima ilha da fantasia e da liberdade dos irmãos Castro? Ou o avançado sistema de agronegócio cocaleiro boliviano? Seria apenas uma comédia de quinta categoria, se não fosse real as consequências que tal encontro de lunáticos radicais produz em nossas vidas, em nossos bolsos e principalmente em nossos princípios de liberdade e democracia (a verdadeira, não a deles). Por lá discursarão verdadeiros ícones do mundo intelectual e cultural, como o “honoris causa pudim de cachaça” Lula, talvez o maior trapaceiro que já pisou em solo tupiniquim, o falso índio e fornecedor de pó Evo Morales, entres outros grandes nomes da sabedoria mundial. Todos serão ovacionados por uma plateia lobotomizada e devidamente amestrada, esperançosa e ávida por conseguir uma “tetinha” pública para mamar, sem precisar trabalhar, lógico!

Como bem disse Thatcher: “o comunismo é muito bom até acabar o dinheiro dos outros”. O comunismo vive da pobreza, ele se nutre das desgraças, ele respira a desigualdade, portanto não pode deixa-las morrer nunca, é um vampiro que mantém sua vítima moribunda para garantir sua sobrevivência. Povo culto e informado não cai em arapucas populistas, não conduz ao poder salafrários imorais, que hoje povoam os palácios de inúmeros governos latinoamericanos. Infelizmente ainda há espaço para esse tipo de evento retrógrado, que avança sobre a liberdade e o sobre o estado democrático de direito.

Bom, a chuva passou e eu vou andar de bicicleta com meu filho.”

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