Educação

Mobilização pela qualidade da educação federal em Osório

Os servidores técnico-administrativos do IFRS – Câmpus Osório em adesão ao movimento nacional de greve pela Educação, juntamente com alunos e professores,  percorreram a cidade com faixas, cartazes e bandeiras de protesto no movimento “Marcha dos Indignados pela Educação”.

A atividade contou também com a presença de servidores dos Câmpus Restinga, Canoas e Bento Gonçalves, entre os quais estão membros do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Técnica e Tecnológica (Sinasefe), das seções sindicais da Região Metropolitana de Porto Alegre e Bento Gonçalves.

O movimento buscou chamar a atenção da sociedade para o descaso do governo federal com os câmpus, alunos e servidores da educação federal – motivos que culminaram na adesão  ao movimento paredista nacional.

Os cantos de protesto “Copa não. Eu quero educação” e “Não queremos prazo, queremos resultados” exemplificaram bem as condições em que se encontram as  unidades de ensino da Rede Federal. Em Osório, a obra do Câmpus se arrasta por mais de dois anos, os alunos não possuem laboratórios nem salas de aulas suficientes e os técnico-administrativos trabalham em salas  improvisadas. Ao mesmo tempo, o governo federal destaca em suas propagandas a qualidade na educação, inclusive anunciando a criação de novas unidades.

Após percorrer os principais pontos do centro da cidade e visitar as obras da nova sede, os mais de cem participantes da passeata confraternizaram com cachorro-quente e refrigerante no Câmpus Osório (sede provisória).

O movimento nacional de greve pela educação ganhou força frente às negativas do governo federal em atender os sindicatos para negociação antes de ser concluída a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO/2013) – que prevê a destinação do orçamento para o próximo ano.

Com isso, encerram-se as possibilidades de novas conquistas pelo menos até 2018, uma vez que em 2014 teremos Eleições para presidente e Copa do Mundo, em 2015 o governo estará contabilizando os impactos da realização da Copa e se preparando para as Olimpíadas de 2016. Assim, e educação continuará sucateada até 2018.

A pauta de reivindicações da greve nacional da educação incluiu:

• Destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) à Educação Pública

Hoje, o Governo investe apenas 3% do orçamento nessa área.

• Contra o sucateamento do Ensino Público Federal Gratuito

O projeto de expansão prevê centenas de novas unidades e as obras em andamento continuam inacabadas. Existem projetos de implantação de novos cursos que barram nas questões de infraestrutura, orçamento e pessoal.

• Contra a Terceirização

Por concurso Público já para a contratação de servidores.

• Cumprimento de acordos firmados e não cumpridos pelo Governo Federal

Existem acordos que, por exemplo, desde 2005, ainda não foram cumpridos, como step de 5% e progressão docente.

• Reajuste Emergencial de 22,08%

Para recompor as perdas salariais dos últimos 5 anos.

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