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Motorista de aplicativo relata momentos de terror ao realizar corrida no Litoral

Motorista de aplicativo relata momentos de terror ao realizar corrida no Litoral

Um motorista de aplicativo entrou em contato com o Litoralmania, para relatar os momentos de terror vivido por ele, nesta semana, ao realizar uma corrida.

Morador de Imbé, ele diz que desde o acontecido, no início da noite de quarta-feira (08), ele só consegue dormir a base de calmantes.

Veja abaixo o relato do profissional.

“Sou motorista de app. Recebi uma chamada de viagem em santa Terezinha, pra uma cliente chamada E.., onde no local estavam três pessoas, uma mulher e dois homens.

Os dois homens embarcaram e o destino era Canoas. No embarque me pagaram 80 reais e disseram pagar o restante no fim da viagem. Estranhei muito e mandei minha localização para meus colegas em um grupo de WhatsApp.

É um grupo de motoristas do litoral. Quando estava na Freeway, eles anunciaram o assalto.

Ao ver meu telefone tocando muito, botaram uma faca no meu pescoço, me enforcaram, me agrediram, fizeram um terrorismo na minha cabeça.

Tentei pedir ajuda no pedágio mas a moça não entendeu, fui guiado mais 70 quilômetros, até a estrada do Nazário, em Esteio.

Não passei por nenhuma viatura nem nada. Ao chegar no local era uma cutelaria. Entrada de um sítio pequeno, tudo escuro. Senti que era ali que iriam abandonar meu corpo.

Eles desceram do carro, pegaram o dinheiro da minha carteira onde tinha o dinheiro do mês, o potinho de moedas e me revistaram.

Foi quando Deus mandou uma senhora que mora com os fundos da casa pra esse sítio. Nesse momento eles tinham soltado meu cinto e eu estava com a faca no pescoço, ela gritou “o que vocês estão fazendo aí”.

De imediato um deles gritou para o outro “vamo J..,vamo embora”.

Eles saíram correndo pelo mato onde dá acesso a algumas casas.

De lá dava pra ouvir os cães latirem.

Saí com o carro em disparada pra saída do sítio escuro, vi uma casa com o portão da garagem aberta, entrei com tudo e pedi socorro”.

Estou dormindo a base de calmantes. Meus colegas fizeram uma vaquinha pra eu comprar outro aparelho celular.

Fiquei com gasolina somente pra voltar pra casa.

No pedágio mostrei o BO e deixaram eu passar.

Nesse momento de dificuldade devido ao Covid19, está crescendo a criminalidade e a polícia está na praia impedindo as pessoas de ir pro mar

Se eu tivesse passado por alguma viatura tinha pedido ajuda. Pensei até em bater o carro num poste. A morte estava quase certa”, desabafou o motorista.

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