MP vai investigar contrato de limpeza na Assembléia
Nesta reunião foram informados da “iminente instauração de expedientes, no âmbito daquela instituição (Ministério Público), para apuração de fatos referentes ao contrato firmado pela Casa com a empresa de limpeza Silvestre”, que, segundo o relatório conclusivo da Comissão de Sindicância, estaria envolvida no suposto pagamento de R$ 2,5 mil mensais ao ex-diretor do Departamento de Serviços Administrativos, Ubirajara Macalão, apontado como o responsável pela compra irregular de R$ 3,3 milhões em selos. Com base nesta informação, os procuradores da Assembléia afimam que “não se revela conveniente, no momento, a instauração da nova comissão de sindicância para a execução de trabalho paralelo.”
Ao aprovar a proposta dos procuradores, Frederico Antunes levou em conta os limites de uma Comissão de Sindicância da Assembléia e considerou que o MP conta com instrumentos mais amplos e ágeis de investigação. “Interessa a esta Casa a apuração plena e dentro do mais curto prazo de toda as denúncias. Esta tem sido a nossa orientação desde que tomamos conhecimento das irregularidades”, afirmou o presidente da AL.
Íntegra
O ofício dirigido ao presidente da Assembléia, deputado Frederico Antunes, pelos procuradores Marcelo Martinelli e Fábio Soares Pereira, tem a seguinte redação:
“Em reunião da qual participamos, realizada no dia de hoje, no âmbito do Ministério Público do Estado, com a presença do Procurador-Geral de Justiça, de Procuradores e de Promotores de Justiça, fomos informados da iminente instauração de expedientes, no âmbito daquela Instituição, para apuração de fatos referentes ao contrato firmado pela Casa com a empresa de limpeza Silvestre.
Tendo em vista que o Ministério público tem à disposição, pela lei, instrumentos investigatórios que uma Comissão de sindicância não possui, não se revela conveniente, no momento, a instauração da nova comissão de sindicância para a execução de trabalho paralelo.
Nesse sentido, e visando à efetiva reconstrução dos fatos e maior celeridade na obtenção da reparação dos prejuízos experimentados pelo erário, remetemos, de imediato, de acordo com o que foi ajustado na mencionada reunião, todos os elementos já apurados a respeito, para propiciar a devida instrução dos expedientes que serão instaurados pelo Ministério Público.
Entendemos ser a melhor forma de esta Casa cumprir o seu papel na busca do esclarecimento dos fatos e tomada das medidas necessárias para o ressarcimento do erário.
Por fim, colocamo-nos, desde já, inteiramente à disposição desta Presidência para acompanhar as providências que serão adotadas pelo Ministério Público, tomando, posteriormente, as medidas administrativas cabíveis.”