Quem nasceu com cabelo crespo ou cacheado enfrenta ou já enfrentou preconceito ou problemas de autoestima graças à chamada “ditadura do cabelo liso”. Pensando neste tema, no último domingo, 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, foi organizado na Praça Central, em Osório, um encontro Empoderamento Crespo com o objetivo de debater o preconceito com os cabelos afros.
No Brasil ainda é comum ouvir as pessoas se referirem aos cabelos afros como “cabelo ruim ou pixaim”, desdenhando este estilo e fazendo referência ao cabelo liso como sendo “bom” e o modelo a ser seguido. Você pode até achar que cabelo não tem nada a ver com preconceito, mas tem tudo! O corpo é aquilo que somos e essa relação precisa ser bem desenvolvida, desde criança. O racismo desumaniza, faz criar rejeição pelo próprio corpo e prejudica a autoestima. O encontro organizado por Deisy Pereira e amigos teve como atração a banda Raizera e Julian Biju e uma exposição fotográfica feita com mulheres negras pelo fotógrafo e design gráfico Alesson Santos.
Apesar de ter usado o cabelo como tema, o encontro também tentou mostrar que não é preciso se encaixar em um padrão, apoiou a diversidade e trouxe para discussão e reflexão dos participantes a discriminação, o racismo e o preconceito.
Clara Santos
