Novos casos suspeitos de fungo negro são investigados no Brasil

Divulgada sequência genética de vírus dois dias depois de surgir o primeiro caso no Brasil. Artigos científicos são publicados com rapidez em todo o mundo (foto: Instituto Adolfo Lutz)Divulgada sequência genética de vírus dois dias depois de surgir o primeiro caso no Brasil. Artigos científicos são publicados com rapidez em todo o mundo (foto: Instituto Adolfo Lutz)

Dois novos caso suspeitos de fungo preto foram identificado nesta quarta-feira, em São Paulo e em Mato Grosso do Sul. Os outros são de um paciente com Covid-19 em Santa Catarina e de um que morreu no Amazonas.

Nesse caso, a pessoa tinha 56 anos , sofria de diabetes tipo 2 e teve resultado negativo no teste para Covid-19.

A Secretaria de Saúde de Mato Grosso do Sul informou hoje que um paciente de 71 anos, com diabetes e hipertensão, testou positivo para Covid-19 e está com suspeita de mucormicose no olho esquerdo.

Já o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo está investigando um caso de mucormicose em um paciente de cerca de 30 anos de idade com histórico de covid-19.

A mucormicose, chamada também de fungo preto, ganhou destaque no noticiário dos últimos dias pelo registro de mais de 9 mil casos na Índia, que têm sido associados ao novo coronavírus no país asiático.

A doença pode matar em 50% das infecções, e geralmente é preciso passar por cirurgia para retirar a parte afetada pelo microrganismo.

Para evitar contrair o chamado fungo preto, a recomendação é higienizar bem os alimentos e usar sempre luvas e máscaras na hora de limpar ambientes úmidos.

Índia

Médicos da Índia já haviam relatado casos envolvendo uma infecção rara, denominada de “fungo negro” ou mucormicose, entre pacientes com Covid-19 em recuperação e já recuperados. As informações foram divulgadas pela BBC.

Ainda segundo a reportagem, a doença ocorre quando há exposição a um tipo de mofo encontrado no solo, plantas, esterco e frutas e vegetais em decomposição.

A mucormicose afeta os seios da face, cérebro e pulmões, além de poder ser fatal em diabéticos ou em indivíduos gravemente imunodeprimidos.

De acordo com Akshay Nair, cirurgião de olhos de Mumbai, Índia, ouvido pela BBC, a doença tem uma taxa de mortalidade geral de 50%, e pode ser desencadeada pelo uso de esteroides, um tratamento que salva vidas para pacientes graves com Covid-19 e criticamente doentes.

O cirurgião afirma que já atendeu aproximadamente 40 pacientes com a infecção durante o mês de abril.

Muitos deles eram diabéticos que se recuperaram de Covid-19 em casa.

Onze deles tiveram que remover um olho cirurgicamente, em decorrência da infecção pelo fungo.

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