O cinqüentenário da escola industrial Abramo Eberle

Entre todas as comemorações deste ano comemoramos o cinqüentenário da Escola Industrial Abramo Éberle, no Porto LacustreNuma festa muito linda dos ex-alunos e ex-professores regada a abraços, beijos, bate papos e muita emoção foi a comemoração no Grêmio Esportivo Sulbrasileiro (GESB ).

A Escola Industrial nasceu no ano de 1961 e foi extinta em 1974 ,deixando uma lacuna muito grande na educação osoriense. Eu me orgulho de ter pertencido ao corpo docente de 1964 até sua extinção em 1974.

Aquela escola formava uma família unida entre professores, alunos e funcionários. Professores, meninos, meninas e funcionários que lá conviveram cultivam até hoje o amor, as lembranças e saudades daquela família unida e fraterna. Comandada nos primeiros anos pelo competente Professor Dario Bestetti professores e alunos se uniam para realizar uma educação de qualidade e iniciação profissional baseada no respeito, na responsabilidade, união e fraternidade.

Víamos nos olhos ávidos daqueles jovens o interesse e a esperança de um futuro promissor.

Era tão grande o amor dos alunos por aquela escola que passavam muitos fins de semana, sempre acompanhados de um professor, jogando , realizando encontros para discussão de assuntos de seus interesses, ou reuniões dançantes. Via-se a alegria e o entusiasmo no rosto de cada um.

O professor para os alunos era um amigo e muitas vezes um confidente. Fui professora de Língua Portuguesa e depois Orientadora Educacional.

Entre as pessoas que viveram naquela época quem não se lembra da Banda da Escola Industrial regida pelo saudoso professor Egídio?

Quem não se lembra dos times de futebol e vôlei do professor Rutílio? Das aulas de matemática do professor Laboriou, das aulas de geografia da professora Elza, das aulas de ciências da professora Alvita e do professor Vilson Castro, das aulas de educação física e dança da professora Maria de Lourdes, da oficina de artes da professora Ronete, das aulas de desenho do professor Gilberto, da oficina de madeira com os professores Anibaldo e Moacir das oficinas de eletricidade e mecânica com os professores Anatole e Humberto, das aulas de inglês com a professora Miriam e tantos outros professores que por lá passaram.

Os alunos oriundos da Escola industrial iam concluir o 2º grau (ensino médio) nas Escolas Técnicas Parobé de Porto Alegre, na Escola Técnica de Taquara, na Escola Técnica de Curtume em Estância Velha. Aqueles que não continuaram os estudos montaram seus próprios negócios com os conhecimentos adquiridos na Escola Industrial.

Foi um crime contra a educação os governos terem extinguido as Escolas Técnicas nos Estados e no país.

Hoje cinqüenta anos depois as Escolas Técnicas estão proliferando em todos os estados da Federação.

A extinção das Escolas Técnicas trouxe a carência de mãos de obras especializadas, tendo muitas vezes o país que importar técnicos, ou as próprias empresas especializarem seus funcionários.

Nesta data quero parabenisar a todos aqueles alunos e professores que tiveram a felicidade de conviver harmoniosamente na nossa querida Escola Industrial Abramo Éberle, que não perecerá no tempo e ficará sempre com sua imagem na lembrança daqueles que por ela passaram.

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