O circo do Tiririca II
Tiririca – caso homologada a indicação – vai debater e votar políticas educacionais, embora tenha chegado ao Congresso, paradoxalmente, após uma polêmica com o Ministério Público, que sustentava a sua inelegibilidade por ser analfabeto.
Somente tomou posse depois de, penosamente, provar junto ao juiz eleitoral que dominava, ainda que minimamente, o bê-á-bá.
O magistrado que conheceu e julgou o incidente sustentou que são inelegíveis os analfabetos absolutos e não os funcionais, exatamente como se apresenta o nosso atuante – e o que parece agora culto – deputado, razão pela qual, para orgulho nosso, foi diplomado e empossado com as honras e circunstâncias que múnus impõe.
O títere legislador deverá enfrentar no ano que recém inicia questões relevantes como a Lei de Responsabilidade Educacional, a reforma do ensino, sem falar na polêmica discussão sobre as quotas raciais, matérias que não se desenham – convenhamos – para os menos iniciados. Mas sua presença haverá de ser facilmente absorvida pela opinião pública, ficando a educação e a cultura à mercê das zombarias de tão sufragado parlamentar.
Quem sabe até – por estes rumos que só a política oferece – o nosso ilustre Tiririca não seja contemplado, também, com a presidência da comissão?
Entrementes, o espetáculo não para!