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O circo do Tiririca II

Leio que está sendo indicado para ser titular da Comissão de Educação e Cultura, da Câmara Federal, por indicação do PR, através do seu líder, Lincoln Portela, o Tiririca. A notícia diz, ainda, que o nobre deputado muito almeja integrar a comissão, pois como palhaço sindicalizado que é tem muito a contribuir com a classe.

Tiririca – caso homologada a indicação – vai debater e votar políticas educacionais, embora tenha chegado ao Congresso, paradoxalmente, após uma polêmica com o Ministério Público, que sustentava a sua inelegibilidade por ser analfabeto.

Somente tomou posse depois de, penosamente, provar junto ao juiz eleitoral que dominava, ainda que minimamente, o bê-á-bá.

O magistrado que conheceu e julgou o incidente sustentou que são inelegíveis os analfabetos absolutos e não os funcionais, exatamente como se apresenta o nosso atuante – e o que parece agora culto – deputado, razão pela qual, para orgulho nosso, foi diplomado e empossado com as honras e circunstâncias que múnus impõe.

O títere legislador deverá enfrentar no ano que recém inicia questões relevantes como a Lei de Responsabilidade Educacional, a reforma do ensino, sem falar na polêmica discussão sobre as quotas raciais, matérias que não se desenham – convenhamos – para os menos iniciados. Mas sua presença haverá de ser facilmente absorvida pela opinião pública, ficando a educação e a cultura à mercê das zombarias de tão sufragado parlamentar.

Quem sabe até – por estes rumos que só a política oferece – o nosso ilustre Tiririca não seja contemplado, também, com a presidência da comissão?

Entrementes, o espetáculo não para!

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