Vida & Saúde

Obras da ala psiquiátrica do Hospital de Osório são iniciadas

Foi descerrada na manhã desta quarta-feira, dia 8, a pedra fundamental das obras da Ala Psiquiátrica do Hospital São Vicente de Paulo, no município de Osório.  O início das obras, que teve a ordem de serviço dada em janeiro deste ano, foi adiado para este mês, depois de uma readequação do projeto original que não previa os dutos de oxigênio na área da construção. Através da nova ala, o município de Osório poderá atender, integralmente, os pacientes da área de saúde mental que necessitam de atendimento psiquiátrico.

A obra será custeada, por termo de ajuste de conduta numa ação de 1997, onde o município e a CEEE foram réus pela contribuição indevida da iluminação pública, pelo município de Osório que se comprometeu em repassar R$128.737,06 ao hospital e outros R$231.824,62 do Conselho Regional de Desenvolvimento – Corede, através da Consulta Popular. Para completar o custo da obra, a Prefeitura ainda repassou 23 mil reais e outros 24 mil reais de aditivo do oxigênio.

O Prefeito de Osório, Romildo Bolzan Júnior, destacou que a obra é fundamental para a qualificação do atendimento na cidade. “O que nós temos hoje, aqui, é uma enorme rede preventiva ampliada na saúde mental nos postos de saúde, nos serviços da Casa Aberta, principalmente, com a duplicação da Casa Aberta para os dependentes químicos e o que nós temos necessidade, porque hoje o município compra 20 leitos para comunidades terapêuticas, compra cinco leitos para internações psiquiátricas e isso nós vamos passar a resolver, dentro do município de Osório”, disse o Prefeito.

O atual presidente da Associação Beneficente São Vicente de Paulo, Pedro Farias, que administra o hospital destacou a parceria com o poder público e do aumento da demanda por atendimento psiquiátrico. “Com a invasão da droga ilícita, mudou o perfil de quem é internado. Hoje, pela ausência da família, temos assumido a responsabilidade e o hospital é o abrigo dessas pessoas que estão em surto”, afirmou Pedro Farias.

Ainda caberá à prefeitura realizar, através da Secretaria Municipal da Saúde, a regulação dos serviços que serão realizados na unidade psiquiátrica do hospital. “Pela legislação, quem regula a porta de entrada das questões de saúde mental é a Secretaria Municipal da Saúde, através da coordenação de saúde mental. Então, queremos colocar à disposição do hospital, toda uma capacitação com a nossa equipe técnica, altamente qualificada, para que possamos qualificar e capacitar porque quem fará a qualificação de todo esse serviço, inclusive dessa unidade psiquiátrica, será a Secretaria Municipal da Saúde, é importante que, cada vez mais, o trabalho seja em rede, em parceria, para realizarmos um bom trabalho”, esclarece a psicóloga e diretora da Casa Aberta – Caps, Denise Amaral.

Segundo Denise, atualmente, as políticas públicas em relação à saúde mental, em Osório, é destaque no Estado e região. “Na nossa política municipal de saúde mental nós temos dois Caps – Centro de Assistência Psicossocial, nós temos toda uma descentralização dessa atenção à saúde mental, com uma psicóloga integrada a cada equipe da saúde da família. Temos convênios com comunidades terapêuticas, com clínicas para a desintoxicação de dependência química e, com essa instalação de uma unidade psiquiátrica, o nosso hospital, em Osório, vai fechar toda essa rede de construção e atenção à saúde mental, como poucas existentes no Estado do Rio Grande do Sul”, ressaltou Denise.

A obra está sendo executada pela empresa Comercial JM Artefatos de Cimento num valor total de R$407.561,68 e com prazo de 300 dias para ser concluída. A nova ala terá 417,40m² e foi projetada pelo Engenheiro Civil Glauco Hermel, contratado pelo Hospital São Vicente de Paulo. Caberá ao município fiscalizar o andamento das obras de construção. A cerimônia de início das obras foi realizada no próprio local da construção, com a presença de autoridades como o prefeito em exercício, Luiz Gomes Anflor, o Secretário Municipal da Saúde, Eduardo Abrahão, demais secretários municipais, vereadores e representantes de entidades.

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