Segundo a OMS, Brasil tem boas leis sobre beber ao dirigir, uso de capacete, uso de cinto de segurança e transporte de criançasFabio Rodrigues Pozzebom/Arquivo Agência Brasil
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OMS: dos países mais populosos, Brasil é o que tem melhor legislação de trânsito

Segundo a OMS, Brasil tem boas leis sobre beber ao dirigir, uso de capacete, uso de cinto de segurança e transporte de criançasFabio Rodrigues Pozzebom/Arquivo Agência Brasil
Segundo a OMS, Brasil tem boas leis sobre beber ao dirigir, uso de capacete, uso de cinto de segurança e transporte de criançasFabio Rodrigues Pozzebom/Arquivo Agência Brasil

Dos países mais populosos do mundo, nenhum cumpre os critérios sugeridos pela Organização Mundial de Saúde (OMS) de melhores práticas em todos os cinco fatores de risco para acidentes: velocidade, beber ao dirigir, uso de capacete, uso de cinto de segurança e transporte de crianças, segundo o relatório Situação Global sobre Segurança Rodoviária 2015, divulgado hoje (19).

Entre os dez países, o Brasil é o único que, na avaliação da OMS, tem boas leis sobre quatro dos fatores, mas precisa melhorar a legislação sobre velocidade. Segundo a agência da ONU, apenas 47 países do mundo têm boas leis obrigando que o limite de velocidade seja 50km/h.

Em 2013, o Brasil registrou mais de 41 mil mortes por acidentes de trânsito, mas a OMS calcula que o número de vítimas possa ser maior, cerca de 46 mil. A cada 100 mil habitantes, o índice de mortes nas estradas brasileiras é 23.4.

Segundo o relatório da OMS, cerca de 1,25 milhão de pessoas morrem no mundo em acidentes de trânsito. Entre as vítimas, 23% são motociclistas, 22% são pedestres e 4% são ciclistas. A África é a região do mundo com o maior volume de acidentes e a Europa tem os índices mais baixos. Nos últimos três anos, o número de mortes caiu em 79 países, mas aumentou em 68.

No mundo, o número de veículos em circulação aumenta, mas o total de mortes nas estradas parece estabilizar. As nações que tiveram mais sucesso em reduzir o total de mortes no trânsito foram aquelas que melhoraram sua legislação e tornaram suas estradas e veículos mais seguros.

Para a diretora da OMS, Margaret Chan, o mundo segue na direção certa, mas o ritmo da mudança ainda é devagar. O relatório traz uma análise das leis nos dez países mais populosos do mundo, incluindo China, Índia, Estados Unidos, Indonésia e Brasil.

Ao lançar o relatório, a OMS pede aos governos que repensem suas políticas de transporte público e garantam que ciclistas e pedestres tenham segurança ao circular. O documento é o terceiro de uma série sobre a Década de Ação para Segurança nas Estradas (2011-2020) e é divulgado em linha com os novos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que inclui metas sobre segurança rodoviária. A segunda Conferência Global de Alto Nível sobre Segurança Rodoviária ocorre em Brasília nos dias 18 e 19 de novembro.

Agência Brasil

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