Policial

Operação em Imbé: grupo criminoso lavou mais de R$ 30 milhões

A Polícia Civil, através da Delegacia de Repressão à Lavagem de Dinheiro do Denarc, comandada pelo Delegado Adriano Nonnenmacher, realizou nesta quarta-feira, 4 de setembro de 2024, a quarta fase da Operação Irmandade.

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Foram executadas 41 medidas cautelares, incluindo prisões preventivas, mandados de busca e bloqueios de contas bancárias e ativos financeiros.

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Três indivíduos foram detidos, sendo dois deles líderes financeiros e logísticos da célula criminosa em Alvorada e Caxias do Sul, e outro, em Ijuí, foi encontrado em posse de armas. Além disso, foram apreendidos documentos, armas de fogo e mídias.

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Cerca de 80 policiais participaram da operação, que ocorreu nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, com o apoio de diversas unidades, como o Departamento de Polícia do Interior, Denarc/PR, DEIC/SC e Polícia Penal do RS.

As ações se concentraram em várias cidades, incluindo Porto Alegre, Esteio, São Leopoldo, Alvorada, Charqueadas, Imbé, Caxias do Sul, Bagé, Ijuí, Santo Ângelo, Erechim, Viadutos, Dois Lajeados, Palhoça/SC e Cascavel/PR.

Nesta quarta fase, um novo grupo de operadores financeiros movimentou mais de seis milhões de reais (R$ 6.841.035,38) no sistema financeiro, utilizando diversas técnicas para burlar o controle administrativo, como estruturação, pulverização e smurfing.

Operação em Imbé: grupo criminoso lavou mais de R$ 30 milhões

Um casal de Porto Alegre/Alvorada, diretamente ligado às lideranças, foi identificado como responsável por receber e gerenciar valores milionários provenientes de várias regiões do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

Esses valores eram mascarados através de informações falsas às instituições bancárias, visando a ocultação dos pagamentos pela distribuição de entorpecentes.

O modus operandi da organização, em todas as fases da Operação Irmandade, incluiu dissimulações no sistema financeiro, ocultação de bens imóveis, veículos de luxo registrados em nome de laranjas, retirada fraudulenta de ativos apreendidos em Delegacias, cadeia de procurações dissimuladas e contratos falsos.

Nas três fases anteriores da operação, realizadas entre maio de 2021 e fevereiro de 2024, foram indiciadas 47 pessoas, e os líderes e gerentes da organização, considerados de alto escalão, foram presos preventivamente.

Os envolvidos são membros de uma organização criminosa com sede no Vale dos Sinos e Porto Alegre, associada a uma organização criminosa de alcance nacional.

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Um dos gerentes financeiros e logísticos, que estava foragido desde a primeira fase, foi capturado em Fortaleza/CE em 2023, após um mandado de prisão emitido pela 2ª DIN DENARC.

Na terceira fase, em dezembro de 2023, foi emitido um mandado de busca em São Leopoldo, direcionado a um assaltante de banco que integrava uma quadrilha perigosa dos anos 2000.

Na fase atual, foram realizados mandados de prisão preventiva contra um grande operador financeiro e logístico em Caxias do Sul, recentemente preso em flagrante com drogas e armas.

Outro mandado de busca e bloqueio de contas bancárias foi cumprido contra um paranaense, condenado por tráfico interestadual de drogas, suspeito de transacionar ativos ocultos com os gerentes da célula criminosa gaúcha.

Ao longo das quatro fases da Operação Irmandade, foram implementadas mais de 450 medidas cautelares, incluindo afastamento de sigilos bancários, fiscais, financeiros e telemáticos, além de prisões preventivas e sequestro de bens móveis e imóveis, totalizando cerca de R$ 10,5 milhões de reais em bens bloqueados no Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

O valor total movimentado pelos alvos nas quatro fases ultrapassa R$ 30 milhões de reais.

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