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Opus Dei patrocina grupo de combate a O Código Da Vinci

Um grupo de católicos do Reino Unido, entre eles membros da Opus Dei, vai combater as supostas falsidades do romance O Código Da Vinci, de Dan Brown, cuja adaptação para o cinema estréia este mês. Em um comunicado, o Grupo de Resposta ao Código Da Vinci explica que sua missão é defender a Igreja Católica das críticas que recebe no livro de Brown, que já vendeu 40 milhões de exemplares no mundo todo.

O grupo é promovido pela Opus Dei e inclui vários sacerdotes, além de um abade beneditino. Seu coordenador é Austen Ivereigh, diretor de Assuntos Públicos do cardeal Cormac Murphy-O'Connor, arcebispo de Westminster, maior autoridade da Igreja Católica na Inglaterra e em Gales.

A Opus Dei, uma das instituições religiosas mais criticadas no livro de Brown, tem promovido palestras informativas em Londres às vésperas da estréia do filme, marcada para 17 de maio em Cannes e, dia 19, no mundo todo.

“O grupo foi formado porque O Código Da Vinci apresenta uma ficção como se fosse realidade”, declara em sua nota o Grupo de Resposta. Os seus integrantes temem que a confusão aumente com a estréia do filme

“Achamos que Código Da Vinci é entretenimento, e inofensivo se for visto como ficção”, acrescenta o manifesto. O grupo anuncia que vai evitar “boicotes e protestos” porque não pretende tomar uma atitude “defensiva”.

“Mas estamos indignados porque muita gente que não tem uma boa compreensão da Igreja Católica e da sua história tem se deixado enganar pela afirmação de Dan Brown de que O Código Da Vinci é baseado em fatos e em teorias respeitáveis”, argumenta.

O romance de Brown apresenta a Igreja Católica como uma obscura instituição que durante 2 mil anos tenta ocultar o fato de que Jesus Cristo se casou com Maria Madalena, iniciando uma linha de descendentes que poderia ter chegado à atualidade. O engano, avisa o grupo católico, seria reforçado pelo filme, “porque as imagens são mais poderosas que as palavras”.

O Grupo de Resposta diz que “não leva a sério” o filme nem o livro, mas sim seus espectadores e leitores. “A maioria sabe que nem tudo pode ser verdade, mas muitos se questionam o que pode ser ou não. E, se nada é certo, qual é a verdade?”, diz.

Segundo a imprensa britânica, a Opus Dei, que conta com cerca 86 mil membros no mundo todo, pediu à Sony Pictures, produtora do filme, que inclua um aviso explícito de que se trata de uma obra ficção. O Grupo de Resposta só vê um aspecto positivo no filme: vai proporcionar “uma boa oportunidade para debater os aspectos fundamentais da fé católica”.

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