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Oscilação Antártica e seus efeitos no RS: riscos de ciclones e chuvas

As condições climáticas na Antártida estão diretamente ligadas às mudanças de tempo no Brasil, especialmente nas regiões Centro-Sul.

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A MetSul Meteorologia prevê que, com a Oscilação Antártica em fase negativa, os ventos ao redor do continente antártico se enfraquecerão no final de julho e início de agosto, provocando maior atividade atmosférica nas latitudes médias da América do Sul.

Este enfraquecimento dos ventos levará a uma maior ondulação das correntes de jato, fenômeno que poderá resultar em um aumento no número de ciclones no Atlântico Sul e em mais chuvas no Brasil.

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A principal consequência será uma maior propensão ao ingresso de massas de ar frio no Sul do Brasil.

A Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (NOAA) confirma que a Oscilação Antártica está novamente em fase negativa, o que enfraquece os ventos ao redor do Polo Sul.

Esta oscilação é monitorada de perto pela meteorologia, pois influencia diretamente o clima brasileiro, tanto na precipitação quanto na temperatura. Dados indicam que, neste fim de julho, a Oscilação Antártica pode alcançar valores negativos significativamente baixos.

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No fim de junho e início de julho, a Oscilação Antártica também estava em fase negativa, provocando um período de frio intenso e prolongado na Argentina, Uruguai e Rio Grande do Sul, com temperaturas historicamente baixas.

Agora, com a oscilação negativa prevista para valores ainda menores, espera-se um novo ingresso de ar frio no Sul do Brasil no final de julho e nos primeiros dias de agosto, embora não necessariamente com a mesma intensidade e duração do frio anterior.

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A Oscilação Antártica, também conhecida como AAO ou Modelo Anular Sul, é uma variável crucial que afeta as condições meteorológicas no Hemisfério Sul.

Na fase positiva, os ventos ao redor da Antártida se intensificam e se concentram em torno do Polo Sul. Na fase negativa, esses ventos enfraquecem e se deslocam para o norte, aumentando a ondulação da corrente de jato e a probabilidade de episódios de chuva intensa e ciclones.

Independentemente das condições do Pacífico (El Niño, neutralidade ou La Niña), períodos de AAO negativa têm o potencial de aumentar a precipitação no Sudeste da América do Sul, com maior frequência de incursões de ar frio polar durante o inverno.

Neste fim de julho e início de agosto, a fase negativa da Oscilação Antártica ocorre após um menor episódio de aquecimento estratosférico, observado na metade de julho sobre o continente polar.

Este fenômeno, conhecido como Aquecimento Estratosférico Súbito (SSW), pode enfraquecer o vórtice polar, permitindo que o ar gelado avance mais ao norte, afetando o clima na América do Sul, África do Sul, Austrália e Nova Zelândia com ar polar intenso e aumento de chuvas em algumas regiões.

Paralelamente, a cobertura de gelo marinho na Antártida continua muito abaixo da média das últimas décadas, com anomalias negativas que aumentaram ainda mais nas últimas duas semanas.

Em junho de 2024, a extensão média do gelo marinho da Antártida foi de 12,2 milhões de quilômetros quadrados, 1,6 milhão de quilômetros quadrados (ou 12%) abaixo da média de junho de 1991-2020, sendo a segunda menor extensão de gelo marinho para junho desde o início das medições por satélite em 1979.

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