Geral

Osório será base da sala do exportador

A cidade de Osório foi definida como base das novas células da Sala do Exportador, centro de informações montado pelo Governo do Estado para prospectar alternativas de mercado para os produtos 'made in RS' e encurtar o caminho das empresas ao comércio mundial. A escolha tem motivação estratégica, explica a coordenadora Sandra Schaeffer, pois na região funcionam os Núcleos Regionais de Articulação para o Desenvolvimento (Nurad), instâncias estratégicas para definição de políticas sustentáveis do Executivo gaúcho nas regiões dos Coredes Sul, Fronteira Oeste, Litoral, Fronteira Noroeste e Central. Também serão instaladas bases nas cidades de Pelotas, Uruguaiana, Santa Rosa e Santa Maria. A medida seguirá os moldes de escritório similar montado em Caxias do Sul, mediante convênio com a prefeitura e a Câmara de Indústria e Comércio locais, para acolher as empresas dos 33 municípios integrantes do Corede Serra. Há negociações adiantadas com igual finalidade em Cachoeira do Sul, para cobrir a área do Jacuí Centro.

Pequenos e médios empresários de Bento Gonçalves, Novo Hamburgo, Canoas, Caxias do Sul e Porto Alegre compõem 54,6% da base de clientes da Sala do Exportador, que, através da oferta de diferentes serviços – como promoção mercantil, roteiro básico de exportação, tributação e documentação – contribuiu para que o Rio Grande do Sul movimentasse, no primeiro semestre de 2006, US$ 5,07 bilhões em negócios além fronteiras e fosse reconduzido à terceira posição no ranking nacional em vendas externas. “Em pouco mais de um ano e meio de funcionamento, o sistema ultrapassa a marca de 13,1 mil acessos, incluindo 361 consultas efetivas através de call center gratuito, 203 via internet e 562 presenciais”, informa a coordenadora Sandra Schaeffer, revelando que artesanato, alimentos, têxteis, móveis e serviços de logística são os principais itens gaúchos oferecidos para exportação.

O princípio de não restringir as relações internacionais de comércio às grandes corporações e estimular especialmente aquelas de menor porte a expandirem seus negócios para outros países faz da Sala do Exportador um dos braços de sustentação do Programa Exporta-RS, a ponto de a iniciativa ser reconhecida pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior como modelo para orientar iniciativas semelhantes, decorrência da sua atuação para deixar o mercado internacional ao alcance de empreendedores. O formato de parcerias – com Fiergs, Ministério das Relações Exteriores, Banrisul, BRDE, CaixaRS, Agência de Promoção de Exportações do Brasil, Rede de Centros de Informações da Secretaria de Comércio Exterior, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e Fundação Estadual de Ciência e Tecnologia (Cientec) – tem despertado interesse de outras regiões do país, propiciando visitas técnicas e troca de experiências.

O ingresso na Sala do Exportador ocorre sem custos de três formas distintas: pelo DDG 0800 770 09 70, em funcionamento de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h; pelo site www.exporta.rs.gov.br na internet, que oferece formulário de consulta on line, e pessoalmente na sede localizada no andar térreo do Centro Administrativo Fernando Ferrari, na Avenida Borges de Medeiros, 1501, em Porto Alegre, onde o usuário, além de diversas informações, notícias e conteúdos referentes ao comércio exterior, recebe orientação prestada por técnicos da Secretaria de Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais ou por consultores da área internacional do Banco do Brasil, do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros e da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), grupo que em vias de ser ampliado.

A Rede de Negócios montada pelo sistema contém um cadastro de 3,4 mil organizações. Os pedidos de orientação feitos à Sala pelos interessados em iniciar-se nas exportações representam aproximadamente 60% da demanda dos serviços. Os outros 40% originam-se de empresários que já exportam, mas estão com algum tipo de dificuldade nas transações, querem mercados alternativos para seus produtos ou procuram esclarecimentos a respeito de barreiras técnicas. E, ainda, de instituições ou órgãos governamentais envolvidas com o comércio exterior em busca de dados sobre balanças comerciais, mercados e legislações específicas.

Entre os atendimentos registrados, destaca-se o apoio prestado a prefeituras, treinando servidores municipais em todos os serviços oferecidos, de maneira a torná-los um braço avançado no interior do Estado, encarregado de apurar as demandas e buscar soluções junto ao centro. O processo de descentralização já resultou na adesão de quase uma centena de cidades, que dispõem de base e informações para trabalhar melhor suas vocações comerciais, quando receberem empresários oriundos de dentro e fora do país, ou participarem de missões ou viagens internacionais. Os seminários organizados pela Sala do Exportador em conjunto com o Programa de Difusão de Cultura Exportadora, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior já foram freqüentados por 273 empreendedores.

Comentários

Comentários