Pesquisa realizada em Santo Antônio aponta os efeitos da musculação em hipertensos

Os professores de Educação Física, Adair Viana Teixeira e Gustavo Rocha pesquisaram, em seus trabalhos de conclusão do curso de Pós-Graduação em Fisiologia do Exercício e Prescrição do Exercício, os possíveis benefícios da musculação em mulheres sedentárias e hipertensas com idades entre 53 e 65 anos.

O estudo teve por objetivo identificar as possíveis quedas na pressão arterial e no nível de gordura corporal através da periodização de um protocolo de treinamento de força (musculação).

A relevância do estudo dá-se principalmente devido ao alto índice de idosos hipertensos, em média de 58%. A hipertensão arterial é o principal fator de risco para as doenças crônicas cardiovasculares no Brasil e no mundo. Entre a população brasileira adulta, 60% dos óbitos são decorrentes de infarto do miocárdio e 85% dos acidentes vasculares encefálicos estão relacionados às doenças cardiovasculares, totalizando 27,4% dos óbitos por ano, dados da V Diretrizes Brasileira de Hipertensão Arterial.

A pesquisa foi desenvolvida na Dinâmica Academia durante o período de 14 semanas, sendo os treinos ministrados pelos próprios pesquisadores tendo como apoiadora a Secretaria Municipal da Saúde.

Resultados

Os resultados na pressão arterial apontaram uma queda de 2 mmhg na pressão arterial alta comparando o período pré e pós protocolo de treinamento, sendo que, as medidas pré-protocolo apresentaram uma média de 14,5 por 8,4 mmhg, enquanto que no período pós-protocolo os números indicaram uma média de 12,5 por 7,7 mmhg, ou seja, as alunas saíram momentaneamente de uma condição hipertensa para uma condição normal, porém, esse índices só se mantém, caso as alunas continuarem realizando exercícios físicos.

Quanto à composição corporal, a análise estatística das medidas coletadas, antes e após o protocolo de treino, demonstrou diferença significativa nos resultados, ou seja, houve redução na quantidade de gordura, nos valores do índice de massa corporal (IMC) e relação cintura x quadril (RCQ). A redução destes valores é comprovadamente importante na redução dos riscos de problemas cardiovasculares na população em geral, diminuindo assim o alto índice de mortalidade devido a estes problemas de saúde.  É importante ressaltar que as participantes da pesquisa não passaram por controle alimentar durante os períodos de treinos.

Os resultados deste estudo, só reforçam a contribuição já comprovada por várias pesquisas da área, sobre os benefícios que o treinamento de força traz para a saúde geral de quem pratica.