Vida & Saúde

Piora dos indicadores faz gabinete de Crise do governo RS realizar mudança

A piora de indicadores de covid-19 fez com que o governo do Estado, no âmbito do Gabinete de Crise, emitisse novos Avisos para todas as 21 regiões.

Em decorrência disto, a reunião do Gabinete de Crise mudou novamente.

Ela havia passado a ser quinzenal, voltará a ser semanal a partir da próxima semana.

O mesmo cenário  já havia ocorrido na semana passada quando, depois de nove semanas sem Avisos ou Alertas no Sistema 3As de Monitoramento, responsável pelo gerenciamento da pandemia no Rio Grande do Sul, os Avisos voltaram a ser necessários. Coordenada pelo governador Ranolfo Vieira Júnior, a reunião do Gabinete de Crise ocorreu nesta quarta-feira (25/5).

De acordo com o monitoramento feito pelas equipes do GT Saúde, o aumento da contaminação já se reflete no número de internados em leitos clínicos.

Entre suspeitos e confirmados, houve um aumento de 320 pacientes nas últimas duas semanas, o que equivale a 83%.

O número de internados em UTI também subiu nesta semana – são 50 pacientes a mais, entre suspeitos e confirmados.

“É um momento preocupante. Esse período de contaminação se assemelha ao que vivemos quando da chegada da variante ômicron, embora ainda não haja um reflexo nas internações na mesma proporção. Temos de evitar uma piora maior e precisamos contar com o apoio de toda a sociedade”, disse o governador.

Esse rápido aumento de casos, conforme observado em períodos anteriores, costuma trazer reflexos em internações e óbitos. Somado à ocorrência de outras doenças respiratórias, comuns durante os meses de outono e inverno no Rio Grande do Sul, e de casos de dengue, é possível que ocorra alta na procura por leitos de hospitais.

Isso reforça ainda mais a importância de que a população busque a dose de reforço e a segunda dose da vacina contra a covid-19.

Cerca de 80% da população residente no Rio Grande do Sul está com o esquema vacinal primário (duas doses) completo, mas apenas 50,5% tomou a dose de reforço, completando o esquema vacinal.

“Vacina é proteção. Precisamos avançar na cobertura vacinal com o objetivo evitar agravos, seja da influenza, seja da covid-19. A vacina evita doenças graves que podem levar pessoas a hospitalização. Previnam-se, busquem uma unidade de saúde no seu município”, alertou a secretária da Saúde, Arita Bergmann.

Além da imunização, o governo do Estado reforça a importância do uso da máscara como prevenção contra a covid-19.

Embora não seja mais obrigatória, o uso segue recomendado em aglomeração, especialmente por pessoas com a saúde debilitada ou que pertençam aos grupos de risco.

Suzy Scarton

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