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Planalto gastará R$ 150 milhões com propaganda

A Presidência da República vai contratar três agências de publicidade para cuidar de sua propaganda institucional nos próximos anos. Serão gastos R$ 150 milhões por ano. Os contratos terão vigência de 12 meses, prorrogáveis por mais 48. Trinta e seis agências disputam a licitação. O prazo para a entrega terminou na quinta-feira. Os envelopes serão abertos amanhã.

Durante os primeiros três anos do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, a conta da Presidência foi atendida pela Duda Mendonça, pela Matisse e pela Lew, Lara. Com a crise do mensalão, em 2005, e a suspeita levantada pela Polícia Federal de envolvimento de Duda Mendonça no escândalo, sua agência deixou o governo em 2006. Desde então, a publicidade institucional ficou a cargo das outras duas.

De acordo com informação da Secretaria de Comunicação Social (Secom), desta vez as agências dividirão o bolo publicitário em nacos semelhantes. Nos cinco anos anteriores, uma delas poderia ficar com até 70% — parte que coube à agência Duda Mendonça — e as outras com, no mínimo, 15%. Os contratos puderam ser prorrogados por 48 meses, regra que valerá para a atual licitação.

“Melhor técnica”

Desta vez, porém, haverá um importante diferencial em relação ao processo anterior. Na fase de avaliação da proposta técnica, o item plano de comunicação publicitária – parte considerada a mais importante desta etapa – não terá identificação do nome das agências participantes.

A licitação será do tipo “melhor técnica”. A proposta de melhor preço será submetida à aceitação pelas três agências vencedoras do processo licitatório na fase técnica.

O tema da campanha apontada no edital é relacionado ao programa de revitalização e ao projeto de interligação das bacias do Rio São Francisco — o anterior era sobre o Fome Zero, programa que o candidato Lula considerava o mais importante de seu primeiro ano de governo.

Estrutura em Brasília

De acordo com o edital, as agências devem manter, no mínimo, 13 profissionais instalados em Brasília. Além de contar com um núcleo de mídia, com pelo menos seis técnicos, para prestar atendimento à Secom.

Por determinação do Tribunal de Contas da União (TCU), as agências vencedoras ficarão proibidas de fazer para a Presidência da República serviços de assessoramento e apoio na execução de ações de assessoria de imprensa, relações públicas, promoção, patrocínios, organização de eventos, planejamento e montagem de eventos em feiras e exposições.

A Secom fará também licitação para a produção da nova página da Presidência da República na internet e para a contratação de uma empresa de promoção do Brasil no Exterior. Outra concorrência deverá escolher uma empresa de pesquisas de opinião e avaliação sobre temas ligados às políticas públicas e serviços do Poder Executivo federal, para orientação das ações de comunicação.

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