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PMDB vota contra projetos que aumentam desconto da previdência

Com o entendimento de que a proposta do atual governo não enfrenta de maneira objetiva o déficit da previdência, apenas garante maior folga no caixa para outras despesas, os deputados do PMDB votaram contra os projetos que aumentaram de 11% para 13,25% o desconto do IPE. “Estamos colocando a partir de amanhã mais R$ 500 milhões nos cofres do governo, sem que o cidadão tenha uma contrapartida na qualidade dos serviços públicos”, afirmou o líder da bancada do PMDB, deputado Márcio Biolchi, lamentando o desinteresse do governo em ampliar a discussão sobre o tema.

“O déficit da previdência não se enfrenta com aumento de alíquota. É preciso considerar outros pontos que causa o desequilìbrio”, tentou ponderar o líder peemedebista. Os projetos de aumento do desconto, tanto para os servidores civis como os militares, obtiveram 29 votos da base governista.

O deputado Giovani Feltes (PMDB) criticou o viés arrecadatório da proposta. “Quando teremos no Palácio Piratini um governante que não fique de olho na próxima eleição e busque uma discussão séria sobre o problema da previdência?”, cobrou Feltes. Ele lamentou lamentou que mais uma vez o governador está jogando fora uma oportunidade para debater o problema com maior profundidade. “O interesse é pontual: aumentar a arrecadação. Resolve as dificuldades de caixa deste governo, mas não o problema do estado”, resumiu o deputado, que apontou como necessário discutir ao menos a adoção da previdência complementar e a limitação no pagamento das pensões no teto salarial adotado em cada poder.

No ano passado, a Justiça já derrubou o aumento de 11% para 14% o desconto da previdência para os servidores com salários acima do teto do INSS.

O déficit da previdêrncia pública do RS é de R$ 420 milhões a cada mês, representa um rombo superior a R$ 5 bilhões por ano. Com o novo projeto encaminhado em regime de urgência, o atual governo pretende arrecadar R$ 200 milhões por ano.

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